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Estrelas pornôs têm programa no iPhone
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Programa da estrela pornô Sunny Leone para iPhone
DA REDAÇÃO
Já pensou em ver conteúdo
pornográfico em seu smartphone? A Apple disponibilizou
na semana passada o primeiro
aplicativo voltado para o assunto. São programas dedicados às
carreiras de estrelas pornôs populares nos Estados Unidos.
Desenvolvidos pela Grinhouse Mobile, os dois programas
marcam a primeira vez que a
Apple permite uma parceria
com a indústria pornográfica.
No entanto, escreveu o site especializado em tecnologia
News.com, os programas mostram, apenas, fotos provocantes. "Em outras palavras, não
há nudez", diz o artigo.
Os aplicativos, dedicados às
atrizes Sunny Leone e Aria Giovanni, parecem funcionar como uma maneira de os fãs ficarem por dentro das novidades
protagonizadas por elas.
"A Grindhouse trabalha com
provedores de conteúdo adulto
e marcas famosas para proporcionar experiências agradáveis,
íntimas e interativas para os
nossos clientes", diz texto no site da empresa (www.grindhousemobile.com).
De acordo com a empresa, o
primeiro aplicativo dedicado a
Sunny Leone oferece fotos exclusivas, um blog e videoclipes.
Uma versão melhorada, que
ainda aguarda aprovação, deve
oferecer mais fotos e vídeos,
além de ferramentas interativas e jogos. E, quem sabe, uma
maneira de contatar a estrela.
"Estou tão empolgada com o
futuro do meu programa. Isso
fornece uma nova maneira de
eu me comunicar com meus
fãs, dando a eles uma experiência nova e conteúdo exclusivo",
disse Sunny.
Desenvolver os dois primeiros temas adultos para a Apple
e vê-los aprovados só foi possível porque a Grindhouse seguiu as orientações rígidas da
Apple. "A primeira versão do
aplicativo de Sunny Leone foi
recusada devido ao caráter explícito do conteúdo, apenas um
pouco quente demais para a
Apple", disse a empresa.
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TRANSFORME-SE EM MÚSICO
O site francês Incredibox (www.incredibox.fr) permite que você faça música em apenas alguns cliques; você escolhe voz, percussão, efeitos sonoros e instrumentos e ainda vê uma animação
ATAQUES
O número de links nocivos na
internet cresceu mais de 500%
nos seis primeiros meses deste
ano, segundo o Relatório de
Tendências e Riscos X-Force
2009 da IBM. O relatório também mostra um aumento na
presença de conteúdo nocivo
em sites de alta credibilidade e
confiabilidade, como mecanismos de busca populares.
CHIPS
A fabricante de microprocessadores Intel lançará, no quarto trimestre deste ano, uma linha de chips Atom, chamada de
Pineview, para pequenos computadores portáteis.
FOTOGRAFIA
Usuários brasileiros do
Flickr (www.flickr.com) poderão imprimir suas fotos em
poucos cliques. O Yahoo! Brasil
fechou parceria com o estúdio
fotográfico PixelHouse para
impressão de fotografias, por
meio do serviço Porang!.
CONCURSO
O Facebook prolongou o prazo para que desenvolvedores
participem do concurso Desafio Facebook de Aplicativos. Os
interessados têm até 19 de outubro para fazer as inscrições.
Veja mais detalhes em www.facebook.com/desafiofacebook.
29,8%
do tempo que os brasileiros gastaram na internet em julho foi em sites
do Google, segundo a comScore. O
Google também predomina na Índia,
onde internautas gastaram 28,9%
20 a 25
anos é a faixa de idade mais propensa a divulgar na internet dados pessoais que podem ser usados de forma maliciosa, segundo estudo encomendado pela Symantec
EXPLORER INSEGURO
Um complemento do Google
seria responsável por deixar o
navegador Internet Explorer
mais inseguro, acusou a Microsoft. "Rodar o Google Chrome
Frame como complemento dobrou a área de ataques para códigos e scripts maliciosos", disse a empresa em comunicado.
INVESTIMENTO
O Twitter confirmou que fechou um "ciclo de financiamento significativo". O anúncio foi colocado pelo cofundador Evan Williams no blog da ferramenta (blog.twitter.com). Segundo o "New York
Times", o investimento será de
cerca de US$ 100 milhões, o
que elevaria o valor da empresa
a US$ 1 bilhão.
EXCESSO 1
Gervais Pellissier, o vice-presidente de finanças da France
Telecom, afirmou que a quantidade de e-mails recebidos em
smartphones e computadores
pessoais estão causando estresse em funcionários. A empresa
está sob holofotes porque 22 de
seus funcionários cometeram
suicídio e outros 13 tentaram se
matar, desde 2008.
EXCESSO 2
"Hoje, para as pessoas trabalhando no mundo dos negócios,
não importa em que nível, quer
se trate de presidentes ou de
funcionários de primeiro e até
segundo escalão, a conexão é
permanente", disse Pellissier à
Reuters.
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BANCA DE REVISTAS
O Google Books disponibilizou edições da revista "Life" dos anos 1930 aos 1970 (bit.ly/revistalifegoogle); há capas como
esta, de 1971, com Paul McCartney e Linda, sua mulher à época
SUPERCONECTADOS: TEMPO GASTO EM
REDES SOCIAIS TRIPLICOU, DIZ NIELSEN
Quando estão navegando na internet, norte-americanos gastam 17% do tempo em redes sociais. O número é quase o triplo do tempo gasto há um ano, segundo a consultoria Nielsen. Quanto mais tempo usuários passam nas redes, mais as
agências de publicidade tentam direcionar suas campanhas
para esses ambientes. O total gasto em publicidade on-line
em agosto foi de US$ 108 milhões, um crescimento de 119%
em relação ao mesmo período de 2008, diz a Nielsen.
Poder da inteligência coletiva vai aumentar, diz Pierre Lévy
CARLOS MINUANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Ainda estamos na infância
da cibercultura", afirma o filósofo francês Pierre Lévy, 53.
Para ele, as principais transformações sociais provocadas pela
tecnologia ainda estão por vir.
Foi esse o tema central de seu
livro "Cibercultura" (editora
34, 264 págs., R$ 38) lançado
no Brasil há dez anos e que até
hoje aquece discussões sobre
os rumos da cultura digital.
Para celebrar o aniversário
da tradução brasileira, começa
amanhã, em Santos, o evento
Cibercultura 10+10 (bit.ly/cibercultura). Além de Lévy,
estará também presente o ex-ministro e músico Gilberto Gil.
Pouco antes de embarcar para o Brasil, Pierre Lévy conversou com a Folha, por e-mail.
Leia trechos da entrevista.
FOLHA - Após dez anos da publicação
de seu livro no Brasil, quais mudanças
o senhor destaca nas redes digitais?
PIERRE LÉVY - A mais importante
mudança é a demográfica: mais
e mais pessoas estão participando da comunicação digital a
cada dia. Em dez anos, a maioria das pessoas estará conectada. Não posso deixar de mencionar o aumento da facilidade
de criar conteúdos e remixar
todos os tipos de informação
multimídia. Outro aspecto são
as múltiplas utilizações da tecnologia sem fio e a presença dos
ultraportáteis e netbooks.
FOLHA -Quais as tendências para o futuro próximo?
LÉVY - Vejo o crescimento das
tendências em direção à criação distribuída, conteúdos gerados por usuários, o compartilhamento em rede global e a categorização social. Do ponto de
vista técnico, deve crescer o uso
da computação em nuvem e
das tecnologias de realidade
ampliada. Jogos on-line multijogadores ficarão mais populares. Em resumo, a tendência
básica é o aumento de poder da
inteligência coletiva.
FOLHA - As tentativas de restringir a liberdade na internet terão êxito?
LÉVY - Eu não acredito que
controles e restrições irão ter
êxito. Há um movimento bem
mais forte em direção à interconexão além de todas as fronteiras, liberdade de criação de
comunidades e aumento das
faculdades cognitivas coletivas
e pessoais. A inteligência coletiva livre é a real plataforma do
desenvolvimento humano e da
prosperidade econômica, então todos possuem interesse
em sua expansão irrestrita.
FOLHA - Quais os principais problemas
no caminho da cibercultura?
LÉVY - Eu vejo dois principais
problemas. Primeiro, a parte física da interconexão digital já
está pronta ou estará em breve.
Mas a interconexão semântica
ainda é um grande problema:
pessoas falam diferentes línguas, sistemas de classificação
diferentes e possuem distintas
experiências disciplinares e
culturais. Eu acredito que precisamos uma metalíngua computável universal, que irá nos
ajudar a traduzir, procurar,
analisar e sintetizar informação de forma colaborativa e
aberta. O segundo problema é a
evolução de todo sistema de
mídia, político e educacional.
Se as pessoas continuarem a se
prender à velha forma estática
e centralizada de comunicação
(isso inclui estruturas legais)
algumas transformações serão
muito dolorosas.
FOLHA - Como define a cibercultura?
LÉVY - Nós ainda estamos na
infância da cibercultura. Nossos sistemas econômicos, políticos e educacionais serão profundamente modificados no
próximo século. Por isso, eu a
defino da mesma forma que em
1997, quando o livro "Cibercultura" foi publicado em francês.
Existe uma cibercultura hoje
em dia exatamente como existia uma cultura hieroglífica no
tempo dos antigos egípcios, de
manuscrito alfabético no tempo do império romano, ou de
impressão no fim do século 18
na Europa. No caso da comunicação digital, as principais características são a onipresença
da informação, a interconexão
geral de documentos e pessoas,
e a automatização da manipulação simbólica (força computacional, software).
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