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CIBERATIVISMO
Páginas combinam iniciativas, discussões e informações para quem quer contestar a ordem mundial
Internet é palco de protestos e ações sociais
HELOISA HELENA LUPINACCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Na semana passada, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou seu Relatório sobre o Desenvolvimento Humano-2002, que mostrou aumento na concentração de renda no Brasil, um dos quatro
piores casos do mundo.
Nesse cenário, proliferam iniciativas da sociedade civil para
tentar mudar essa situação. Muitas se utilizam de sites para mobilizar pessoas. Com a internet é possível protestar e se informar sobre o terceiro setor, formado por entidades privadas que prestam serviços de interesse público.
A maneira mais simples e difundida de ciberativismo é a ajuda
com clique: o internauta entra em
um site e, ao clicar ali, uma das
empresas que participa do projeto doa algo (veja quadro abaixo).
Do site do Greenpeace (www.greenpeace.org.br), por exemplo, dá para mandar uma carta-modelo ao presidente da República exigindo providências contra o desmatamento.
O consumidor pode usar a internet para cobrar seus direitos.
Lutas de consumidores indignados com o que consideravam
abusos de empresas de telefonia,
por exemplo, ganharam projeção
graças à rede. Para se informar
quanto aos seus direitos, entre em
www.idec.org.br ou
www.procon.sp.gov.br.
Outra possibilidade que a rede dá ao cidadão é a de entrar em
contato com seu senador, deputado ou vereador. Para encontrar o
e-mail do seu senador, entre em
www.senado.gov.br. Endereços
de deputados federais, estão em
www.camara.gov.br; de deputados estaduais, em www.al.sp.gov.br. Para falar com seu vereador, entre em www.camara.sp.gov.br
Outra forma de ativismo on-line é representada pela revista eletrônica NovaE (www.nova-e.inf.br). Ela convida à reflexão sobre a atual conjuntura da sociedade. O editor responsável, Manoel Fernandes Neto, acredita que "o ativismo na rede carece de um tratamento editorial decente. Algumas revistas dedicadas ao assunto são
panfletárias demais, perdendo a
credibilidade". Ele atribui à internet o poder de aglutinar pessoas em torno de uma proposta. É nesse poder que acreditam outros sites promotores de discussões sobre temas que incomodam o internauta consciente.
Um deles é o Ciranda Internacional de Informação Independente (www.ciranda.net), que
trabalha sob o lema "para que outro mundo seja possível, é preciso
reinventar o jornalismo crítico".
Consulte também a Revista Fórum (www.revistaforum.com.br), o Espaço Acadêmico (www.espacoacademico.com.br), o
Correio da Cidadania (www.correiocidadania.com.br) e o site www.ativismo.cjb.net.
Contando com a capacidade da rede de difundir informações, a
página www.foto.art.br/info/artigos/liberdade reúne lista de links para sites que incitam a reflexão sobre os mais variados problemas. Em
http://ix.joal.net/pt/Regional/Brasil/Governo/AtivismoPol%EDtico, há lista
para ativistas em potencial.
Embora esteja desativado desde
2000, o Guia do Ativismo On-line
(http://members.tripod.com/ProtestoMC/index.html) leva a
sites dedicados a iniciativas ainda
em curso, como a campanha Mega-Ajuda (www.megaajuda.com.br), que pede doações de micros para distribuição em planos de inclusão digital.
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