São Paulo, Segunda-feira, 10 de Julho de 2000
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A renúncia ao dinheiro próprio

DA REPORTAGEM LOCAL

O engenheiro civil Fernando Cruz e a matemática Maria Aparecida Rinaldi Cruz não têm dinheiro particular. Somam seus salários, seus investimentos e também as despesas. Das duas contas conjuntas, sai o pagamento das despesas da casa. Se um dos dois descobre que está com o saldo descoberto, basta avisar o outro e correr para a outra conta. Mas o controle das despesas é absoluto. Todos os meses, o casal faz um balanço geral dos investimentos.
No início do casamento, Maria Aparecida ganhava mais que o marido. Hoje, 19 anos depois, os salários são equivalentes. "Por mim, ela poderia ganhar três vezes mais", brinca Cruz. Segundo ele, é a esposa quem decide sobre a compra de imóveis. Ele resolve o momento de trocar de carro. Faz o negócio sem consultá-la.
Os investimentos financeiros são sempre resultado de uma opinião comum. Eles aplicam em fundos de renda fixa e, de acordo com o momento, arriscam um palpite na Bolsa e no dólar. "Na poupança não, porque não dá nada", diz Maria Aparecida.
Eles começaram a aplicar em Bolsa nos anos 80. Desde então, acompanham o movimento do mercado e participam quando há uma boa oportunidade. Os dois concordam que ela é agressiva e ele, conservador. "Cida sempre foi mais atirada, mas o importante é que ninguém dá o passo maior que a perna", diz Cruz.
A confiança é total. Por isso a soma funciona. As contas são divididas irmamente, assim como a administração o patrimônio.


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