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A renúncia ao dinheiro próprio
DA REPORTAGEM LOCAL
O engenheiro civil Fernando
Cruz e a matemática Maria Aparecida Rinaldi Cruz não têm dinheiro particular. Somam seus salários, seus investimentos e também as despesas. Das duas contas
conjuntas, sai o pagamento das
despesas da casa. Se um dos dois
descobre que está com o saldo
descoberto, basta avisar o outro e
correr para a outra conta. Mas o
controle das despesas é absoluto.
Todos os meses, o casal faz um
balanço geral dos investimentos.
No início do casamento, Maria
Aparecida ganhava mais que o
marido. Hoje, 19 anos depois, os
salários são equivalentes. "Por
mim, ela poderia ganhar três vezes mais", brinca Cruz. Segundo
ele, é a esposa quem decide sobre
a compra de imóveis. Ele resolve o
momento de trocar de carro. Faz
o negócio sem consultá-la.
Os investimentos financeiros
são sempre resultado de uma opinião comum. Eles aplicam em
fundos de renda fixa e, de acordo
com o momento, arriscam um
palpite na Bolsa e no dólar. "Na
poupança não, porque não dá nada", diz Maria Aparecida.
Eles começaram a aplicar em
Bolsa nos anos 80. Desde então,
acompanham o movimento do
mercado e participam quando há
uma boa oportunidade. Os dois
concordam que ela é agressiva e
ele, conservador. "Cida sempre
foi mais atirada, mas o importante é que ninguém dá o passo
maior que a perna", diz Cruz.
A confiança é total. Por isso a
soma funciona. As contas são divididas irmamente, assim como a
administração o patrimônio.
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