São Paulo, Segunda-feira, 10 de Julho de 2000
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MERCADO DE CAPITAIS
BOLSA
Redução da taxa básica de juros ajudará a impulsionar o mercado acionário; Bolsa e fundos de ações devem ter ganho
Pregão deve manter movimento de alta

DA REPORTAGEM LOCAL

O movimento de alta das Bolsas de Valores deve continuar nesta semana, animado pelo corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juro, a Selic, feita na noite da última sexta-feira pelo Banco Central. Investidores que pretendem aplicar no mercado acionário devem ficar atentos aos papéis que ainda têm potencial de alta, como os dos setores de telefonia e energia elétrica.
Analistas afirmam que o bom desempenho da economia brasileira e os resultados positivos de indicadores norte-americanos têm favorecido a valorização das ações. Álvaro Bandeira, diretor da Ágora Corretora, afirma que os indicadores econômicos dos Estados Unidos favoreceram os mercados nas últimas semanas. Na sexta-feira, 7, as Bolsas de todo o mundo reagiram positivamente com o indicador de desemprego divulgado no mercado norte-americano. A taxa de 4% correspondeu às expectativas dos analistas.
Na primeira semana de julho, a Bovespa apresentou uma valorização de 5,2%. Com a queda dos juros deve continuar nessa toada, acreditam os analistas.

Bons papéis
Roberto Rocha, diretor da corretora Deutsche Bank, afirma que o mercado acionário deve apresentar um bom desempenho nas próximas semanas. "Não acredito que haverá uma grande performance dos papéis no curto prazo. Mas, para os investidores que estão pensando no longo prazo, a aplicação em Bolsa é um bom investimento."
Ele recomenda ações do setor de telefonia, como Embratel e Telemig. A Coelce, distribuidora de energia do Ceará, é outra sugestão de investimento.
Alguns papéis, no entanto, já subiram bastante no curto prazo e os analistas vêem a possibilidade de realização de lucros. Entre essas ações estão Bradesco e Telemar.
Já para quem pensa em investir em BDRs (Brazilian Depositary Receipts), o recibo de ações da Telefónica, deve pensar bem antes de tomar a decisão. Bandeira, da Ágora, diz que a corretora não está recomendando a compra do papel.
"Quem pretende investir nessa ação tem que estudar mais a fundo a empresa. É uma grande companhia, mas certamente terá que fazer aquisição ou fusão com outras empresas para sobreviver no mercado global." (PAULA PAVON)


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