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"Fico imune ao humor da Bolsa"
DA REPORTAGEM LOCAL
O representante de vendas Robert Murray, de Los Angeles, não
está nem um pouco abalado com
o recente sobe-e-desce das Bolsas
norte-americanas. Para ficar imune ao turbilhão de notícias negativas toda vez que o humor do mercado azeda, Murray adota uma
estratégia simples: "Não olho
nem o extrato com o valor das cotas", diz. "O melhor é ficar imune
ao humor da Bolsa."
A estratégia não tem nada a ver
com acomodação ou displicência,
explica Murray, 38. "Como não
pretendo mexer nos meus investimentos durante os próximos 20
anos, é melhor não me influenciar
pela instabilidade de curto prazo", diz. Nos momentos de maior
nervosismo, o investidor pode tomar alguma decisão precipitada e
perder dinheiro, diz ele.
Foi assim que atravessou o
"crash" da Bolsa de Nova York
em 1987. "Quando se investe a
longo prazo, não adianta se apavorar", ensina. "Sei que se perder
muito dinheiro em um único dia,
poderei recuperá-lo a longo prazo." Naquela ocasião, diz ele, foi
difícil não deixar se contaminar
pelo noticiário pessimista.
Conservador
Murray se define como um investidor mais conservador. Ele
aplica suas economias na Bolsa
por meio de dois fundos de ações
- um deles replica a variação do
índice S&P 500.
"Prefiro os fundos que seguem
um índice porque eles têm um risco menor, pois o gestor tem de seguir uma composição da carteira
previamente estabelecida e não
simplesmente decidir aplicar numa ação de maior risco apenas
porque ela virou a ação da moda",
diz o investidor.
Para ele, os fundos de índice garantem a exposição ao mercado
acionário, porém com risco menor do que os chamados fundos
ativos - dos quais o gestor tem a
liberdade para compor a carteira.
Murray também não está preocupado com o recente aumento
da taxa de juros. "Como não pretendo fazer nenhuma compra de
valor elevado que exija um empréstimo bancário, a elevação dos
juros não me preocupa", diz. "A
não ser que venha a afetar o crescimento da economia."
Ele também não pretende mudar seus investimentos da Bolsa
para instrumentos de renda fixa.
"No longo prazo, as ações podem
me garantir uma rentabilidade
melhor para os meus investimentos", diz. As ações compõem totalmente a carteira do seu plano
de aposentadoria.
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