São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 2000


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"Fico imune ao humor da Bolsa"

DA REPORTAGEM LOCAL

O representante de vendas Robert Murray, de Los Angeles, não está nem um pouco abalado com o recente sobe-e-desce das Bolsas norte-americanas. Para ficar imune ao turbilhão de notícias negativas toda vez que o humor do mercado azeda, Murray adota uma estratégia simples: "Não olho nem o extrato com o valor das cotas", diz. "O melhor é ficar imune ao humor da Bolsa."
A estratégia não tem nada a ver com acomodação ou displicência, explica Murray, 38. "Como não pretendo mexer nos meus investimentos durante os próximos 20 anos, é melhor não me influenciar pela instabilidade de curto prazo", diz. Nos momentos de maior nervosismo, o investidor pode tomar alguma decisão precipitada e perder dinheiro, diz ele.
Foi assim que atravessou o "crash" da Bolsa de Nova York em 1987. "Quando se investe a longo prazo, não adianta se apavorar", ensina. "Sei que se perder muito dinheiro em um único dia, poderei recuperá-lo a longo prazo." Naquela ocasião, diz ele, foi difícil não deixar se contaminar pelo noticiário pessimista.

Conservador
Murray se define como um investidor mais conservador. Ele aplica suas economias na Bolsa por meio de dois fundos de ações - um deles replica a variação do índice S&P 500.
"Prefiro os fundos que seguem um índice porque eles têm um risco menor, pois o gestor tem de seguir uma composição da carteira previamente estabelecida e não simplesmente decidir aplicar numa ação de maior risco apenas porque ela virou a ação da moda", diz o investidor.
Para ele, os fundos de índice garantem a exposição ao mercado acionário, porém com risco menor do que os chamados fundos ativos - dos quais o gestor tem a liberdade para compor a carteira.
Murray também não está preocupado com o recente aumento da taxa de juros. "Como não pretendo fazer nenhuma compra de valor elevado que exija um empréstimo bancário, a elevação dos juros não me preocupa", diz. "A não ser que venha a afetar o crescimento da economia."
Ele também não pretende mudar seus investimentos da Bolsa para instrumentos de renda fixa. "No longo prazo, as ações podem me garantir uma rentabilidade melhor para os meus investimentos", diz. As ações compõem totalmente a carteira do seu plano de aposentadoria.


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