DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas do mercado acionário afirmam que a Bolsa deve apresentar valorização nesta semana. Com a diminuição da tensão no cenário político e a queda da taxa de juros, analistas dizem acreditar que o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) pode subir até mil pontos no curto prazo.
A crise política no governo, instalada nas últimas semanas em decorrência do repasse de verbas à obra superfaturada do Fórum Trabalhista de São Paulo, perdeu força. A Bolsa subiu 2,59% na última semana.
Analistas do mercado financeiro afirmam que o episódio continua rondando as Bolsas, mas que, se não houver notícias novas, a possibilidade de influenciar o desempenho das ações é mínima.
"O mercado não despreza nenhum evento negativo no campo político. Se tiver alguma novidade nesse episódio, o mercado poderá reagir com queda", diz Pedro Thomazoni, diretor de renda variável do Lloyds TSB Asset Management.
"No curto prazo, se não tivermos novidades e continuarmos com bons indicadores econômicos, o Ibovespa poderá apresentar alta de até mil pontos", acrescenta. A partir de 18 mil pontos, Thomazoni diz acreditar que os investidores já devem assumir menos posições compradas (que apostam na alta).
Para quem pretende entrar em Bolsa nas próximas semanas, ele indica ações do setor de telecomunicações, como a Telemar. Outras opções, segundo ele, são os papéis da Petrobras e a Embraer, que estão com bom potencial de ganho.
Para o diretor de renda variável Nicolas Balafas, da BNP Asset Management, o efeito da redução dos juros na última semana só não foi maior no mercado de ações em decorrência da velocidade da queda.
"O mercado ficou surpreso com a queda, o que acabou gerando uma certa desconfiança quanto à manutenção desse patamar", diz.
Para Balafas, o mercado de renda variável deve apresentar desempenho positivo nas próximas semanas. "Mas não deverá ser uma grande valorização", observa. Ele afirma que, com o fim das férias, o fluxo de investimento doméstico para a Bolsa deverá aumentar.
Na quinta-feira, o mercado ficará atento à divulgação da taxa de desemprego no mercado norte-americano. (PAULA PAVON)


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