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DICAS
Analistaspassam a indicar Banespa
RITA NAZARETH
da Reportagem Local
A alta de 5% das ações preferenciais do Banespa na última sexta-feira, causada pelos rumores da
publicação do edital de pré-qualificação para a privatização do
banco, já foi suficiente para que
dois dos três analistas consultados pela Folha indicassem esses
papéis para compra.
Se o edital sair nas próximas
duas semanas, a privatização do
Banespa deverá acontecer até novembro deste ano. Essa definição
anima o mercado, que espera forte valorização das ações com a
privatização.
"Com o atraso da divulgação do
edital, da data do leilão, do preço
mínimo e também com a possível
postergação da venda do banco,
as ações ficaram desvalorizadas
nas duas últimas semanas", diz
Mario Letelier, analista da Socopa
Corretora. De 22 de junho para cá,
os papéis caíram de R$ 83,50 para
R$ 67,45 (lote de mil).
"Recomendamos a compra,
pois acreditamos que as ações
ainda tenham chance de subir até
chegar a seu "valor justo", que seria de R$ 86,50 (lote de mil
ações)", afirma Letelier.
Os principais fundamentos para a recomendação das ações do
banco são os de que o Banespa foi
saneado após intervenção do governo federal entre 1994 e 1997 e
tem uma carteira de crédito pequena e de baixa inadimplência.
"Além disso, o banco concentra
seus ativos em títulos federais de
renda fixa, que tiveram boa remuneração durante o primeiro semestre", afirma Letelier.
Já a corretora Souza Barros fala
num "preço justo" de R$ 100 para
o lote de mil ações do banco. "Não
só a expectativa que envolve sua
privatização, com grandes bancos
nacionais querendo se juntar para
não deixar os estrangeiros levarem, mas os indicadores de mercado tornam a compra muito
atrativa", afirma o analista Ricardo Tadeu Martins.
De acordo com ele, o P/L (preço
sobre lucro da ação) é de 2,3 anos.
Esse é o período em que o investidor obteria retorno de seu investimento e é considerado pelo mercado como bastante baixo.
Valorização de 25,7%
Quem seguiu a dica do analista
Ricardo Mattei, do banco Brascan, na semana passada, se deu
muito bem. A ação da Embraer
teve valorização de 25,7% na semana, passando de R$ 3,70 para
R$ 4,65.
Segundo Mattei, por estar fechando grandes contratos internacionais e com a expectativa de
faturar 80% mais que no ano passado, a ação da empresa tem potencial para chegar a R$ 6 em um
ano.
Para esta semana, no entanto, o
analista faz uma ressalva. "Acreditamos que, depois de alta tão
expressiva, a ação da Embraer
possa se desvalorizar um pouco
no curto prazo, com um possível
movimento de venda por parte
do investidor que queira embolsar lucro."
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