São Paulo, Segunda-feira, 26 de Julho de 1999
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DICAS
Analistaspassam a indicar Banespa

RITA NAZARETH
da Reportagem Local

A alta de 5% das ações preferenciais do Banespa na última sexta-feira, causada pelos rumores da publicação do edital de pré-qualificação para a privatização do banco, já foi suficiente para que dois dos três analistas consultados pela Folha indicassem esses papéis para compra.
Se o edital sair nas próximas duas semanas, a privatização do Banespa deverá acontecer até novembro deste ano. Essa definição anima o mercado, que espera forte valorização das ações com a privatização.
"Com o atraso da divulgação do edital, da data do leilão, do preço mínimo e também com a possível postergação da venda do banco, as ações ficaram desvalorizadas nas duas últimas semanas", diz Mario Letelier, analista da Socopa Corretora. De 22 de junho para cá, os papéis caíram de R$ 83,50 para R$ 67,45 (lote de mil).
"Recomendamos a compra, pois acreditamos que as ações ainda tenham chance de subir até chegar a seu "valor justo", que seria de R$ 86,50 (lote de mil ações)", afirma Letelier.
Os principais fundamentos para a recomendação das ações do banco são os de que o Banespa foi saneado após intervenção do governo federal entre 1994 e 1997 e tem uma carteira de crédito pequena e de baixa inadimplência.
"Além disso, o banco concentra seus ativos em títulos federais de renda fixa, que tiveram boa remuneração durante o primeiro semestre", afirma Letelier.
Já a corretora Souza Barros fala num "preço justo" de R$ 100 para o lote de mil ações do banco. "Não só a expectativa que envolve sua privatização, com grandes bancos nacionais querendo se juntar para não deixar os estrangeiros levarem, mas os indicadores de mercado tornam a compra muito atrativa", afirma o analista Ricardo Tadeu Martins.
De acordo com ele, o P/L (preço sobre lucro da ação) é de 2,3 anos. Esse é o período em que o investidor obteria retorno de seu investimento e é considerado pelo mercado como bastante baixo.

Valorização de 25,7%
Quem seguiu a dica do analista Ricardo Mattei, do banco Brascan, na semana passada, se deu muito bem. A ação da Embraer teve valorização de 25,7% na semana, passando de R$ 3,70 para R$ 4,65.
Segundo Mattei, por estar fechando grandes contratos internacionais e com a expectativa de faturar 80% mais que no ano passado, a ação da empresa tem potencial para chegar a R$ 6 em um ano.
Para esta semana, no entanto, o analista faz uma ressalva. "Acreditamos que, depois de alta tão expressiva, a ação da Embraer possa se desvalorizar um pouco no curto prazo, com um possível movimento de venda por parte do investidor que queira embolsar lucro."



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