São Paulo, segunda, 5 de outubro de 1998

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PERSONAGEM
Carteira de investimentos de profissional é moderada
Mercado não é fácil nem para corretor de Bolsa de Valores

da Reportagem Local

Investir no mercado de ações não é fácil nem mesmo para os operadores das Bolsas de Valores. Quando a maré não está favorável para a renda variável, muitos corretores, a exemplo da massa de investidores, acabam trocando a agressividade do mercado de ações pelas aplicações mais conservadoras.
Mesmo executando ordens de compra e venda de milhões de reais em ações, diariamente, o operador de pregão Sérgio Ramos dos Santos, 24, vê com algumas ressalvas o mercado de capitais.
O jovem, que já chegou a movimentar R$ 1 bilhão em apenas um dia, diversifica seus investimentos entre fundos de renda fixa e poupança.
"A poupança, além de ser uma ótima forma de oferecer liquidez, garante rentabilidade", diz o operador, que recebe um salário que varia entre R$ 1 mil e R$ 4 mil e pega metrô, todos os dias, na estação São Bento, no centro da cidade de São Paulo.
Para não dizer que ele é totalmente conservador, 10% de seu patrimônio estão aplicados em fundos de derivativos e de ações.
O fato de ter visto muita gente "quebrar", durante os quatro anos em que opera na Bolsa, é, segundo ele, "motivo de sobra" para entender que, nesse ramo, a calma deve prevalecer.
"Gosto da agressividade, mas, em momentos como este, de crise severa, não dá para manter essa postura nos investimentos. Não vejo mal nenhum, nesses momentos, em optar por um investimento mais conservador."
Para ele, a única coisa que está errada no campo dos investimentos é "deixar o dinheiro debaixo do colchão".



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