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FUNDOS
Com a queda dos juros, a rentabilidade da renda fixa cai, mas as taxas de administração continuam iguais
Preste atenção no custo de seu gestor
RITA NAZARETH
da Reportagem Local
Com a redução dos juros, o investidor em fundos de renda fixa
não deve desconsiderar as taxas de
administração, pois elas vão pesar
na rentabilidade de sua aplicação.
Quem investe em fundos de
ações e carteira livre também deve
prestar muita atenção nas taxas
cobradas. Elas são superiores às
dos fundos de renda fixa.
Questionados sobre a possibilidade de baixar as taxas, os administradores de fundos torcem o
nariz. "Desde o Plano Real as taxas médias caíram de 5% ao ano,
para 1,6 %", diz Alexandre Zákia,
diretor de fundos do BFB (Banco
Francês e Brasileiro).
Assim, o investidor dos fundos
de renda fixa terá de pagar taxas
que variam de 0,5% a 4,5% ao ano,
segundo pesquisa realizada, na semana passada, pelo Folhainvest.
Já na renda variável a mordida é
de 5% ao ano, nos grandes bancos.
O investidor em ações ainda está
sujeito à cobrança de outra taxa: a
de performance ou de sucesso.
Buscando ganhar mais, muitos
investidores optam por fundos
que indexam a rentabilidade a algum índice, como o Ibovespa, da
Bolsa de Valores de São Paulo.
"Se a rentabilidade do fundo for
superior à do Ibovespa, o investidor tem de pagar a taxa de performance ao gestor", diz Patricia
Stierli, diretora-adjunta de renda
variável do Santander.
Variação
Fique atento, pois as taxas variam de banco para banco, mas
também dentro da mesma rede.
Tome como exemplo dois fundos
DI de 60 dias do Banespa, ambos
indexados à taxa de juros e que tiveram, por isso, rentabilidade
anual muito próxima.
O FBQ DI 60 Plus, que tem uma
taxa de administração de 3%, teve
uma rentabilidade no ano de
9,69%. Já sobre o FBQ DI 60 Vip,
do mesmo banco, incide uma taxa
de administração de 1%, o que fez
o cotista desse fundo obter uma
rentabilidade de 10,68%.
A diferença de taxas entre os
dois fundos, que são idênticos, está na exigência de aplicação mínima. Enquanto o primeiro exige
apenas R$ 100, o segundo exige R$
30 mil. "Os fundos que exigem
aplicações maiores têm menos cotistas e dão menos despesas ao seu
administrador", diz Antonio Cesar Costa, diretor do Banco Real
de Investimentos. "Por isso cobram menos".
As taxas variam de uma rede para mesmo entre fundos que exigem o mesmo valor de aplicação
mínima. Compare os fundos DI 60
do Itaú e do Bradesco: o primeiro
exige uma taxa de administração
de 4,5% e o segundo, de apenas
0,5% ao ano. Motivo alegado: o
número de cotistas.
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