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UBÍQUO COMO O AR
Dos projetos mencionados, por exemplo, aquele que
mais brevemente deve render benefícios concretos é o
da sala inteligente, na verdade apenas uma parte do
Projeto Oxigênio e de outros trabalhos semelhantes no
MIT. Eles têm como lema "permitir que as pessoas façam mais fazendo menos" e como objetivo "trazer a todos computação e comunicação de forma tão abundante e tão ubíqua quanto o ar".
Tais trabalhos buscam corrigir, segundo o professor
do MIT Randall Davis, ex-presidente da Associação
Americana para Inteligência Artificial, um "acidente
histórico" que torna os computadores muito difíceis de
usar. Esse acidente aconteceu nos anos 40, quando
computadores começaram a ser desenvolvidos. "Alguém teve a brilhante idéia de ligar uma máquina de escrever a um computador. Desde então, temos datilografado. Isso é bobo. Não datilografamos para falar uns
com os outros, por que temos que datilografar para nos
comunicar com um computador? Em 50 anos, o que fizemos? Houve o "gigantesco" salto para o mouse. Agora
temos o teclado e o mouse."
De acordo com ele, o ser humano tem, por muito tempo, organizado a vida ao redor de computadores, porque eram aparelhos grandes, caros e raros. Tal situação
não se alterou, apesar de eles não serem mais grandes,
caros e raros. "Então por que não ficamos nós confortáveis, ao invés de fazê-los confortáveis?", pergunta Davis.
Um exemplo de mecanismo usado no Projeto Oxigênio é o E21, que engloba uma série de aparelhos (microfones, câmeras) inseridos no ambiente e com os quais a
pessoa interage naturalmente, sem nenhum foco de
atenção específico. O E21 pode redirecionar uma ligação telefônica "conversando" com o interlocutor, marcar compromissos, fazer reservas ou mesmo avisar alguém da hipotética queda de um parente em seu apartamento.
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