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A CHEGADA DOS ROBÔS
Rodney Brooks
"O personagem David e o filme estão localizados
em um futuro indeterminado. Nós fazemos muitas coisas no AI Lab, entre elas construir robôs
humanóides que têm emoções e podem interagir
com as pessoas, estabelecendo contato visual, sorrindo, mexendo a cabeça, tendo certo controle da
conversa.
Nesse sentido, estamos construindo alguns protótipos preliminares de David aqui. Quanto tempos vamos levar para chegar ao nível dele é uma
outra questão. Eu ficaria muito surpreso se nós
não chegássemos lá em nenhum momento.
Em 20 ou 30 anos, teremos suficiente capacidade tecnológica para construir um robô com a
mesma quantidade de computação do cérebro
humano. Só não sei se nós vamos conseguir decifrar os algoritmos necessários nesse período de
tempo. Isso pode levar 20, 30, até 200 anos. Não
sei.
A inteligência artificial tem sido temida por
muito tempo, mas temos tecnologia relacionada
a ela em muitos campos da nossa vida hoje em
dia sem percebermos. Atualmente, ela tem cumprido pequenas tarefas: o sistema que define para
qual portão vai um avião no aeroporto Heathrow, o oponente de alguém jogando videogame, o
sistema que examina as suas compras com cartão
de crédito e manda um alerta quando parece que
os seus hábitos mudaram drasticamente, esses
são usos da inteligência artificial.
A maior parte dos robôs que iremos eventualmente construir não terá vontade própria. Nós
poderemos, no entanto, construir robôs com esse
alto nível de interatividade, e não vejo por que
acidentalmente faríamos algum robô maligno.
Iremos passo a passo avaliando o que fizemos e,
quando for necessário, haverá regulamentações
governamentais."
Trechos do depoimento de Rodney Brooks, diretor do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT, para a produção do filme "AI".
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