São Paulo, domingo, 10 de janeiro de 1999

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JOYCE PASCOWITCH

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem


Nuvem
Alpinista há cinco anos, a carioca Helena Artmann (foto) começou a atividade exatamente porque tinha medo de altura Äe queria superá-lo. Na véspera da virada do ano, a moça atingiu o topo do monte Aconcágua, na Argentina Äo quarto alcançado no projeto Sete Cumes, que ela iniciou em janeiro do ano passado e prevê a escalada de sete montanhas, as mais altas de cada continente. Entre subidas e descidas, ela dá palestras para executivos, em que compara a sua experiência de alpinista com a vida dentro da empresa Äincluindo muitas histórias e dicas. Com fôlego a toda prova, Helena embarca dia 18 para a Antártica, onde vai cuidar da segurança dos pesquisadores da Estação Brasileira Comandante Ferraz, e já planeja criar um programa de educação ambiental para as crianças das favelas do Rio.

Tudo o que sobe desce?
Sim Äo topo é apenas a metade do caminho.
Como chegar ao topo?
Dando um passo de cada vez.
O que não dá para escalar?
Pedra molhada.
O que nem avalanche leva?
Gente desagradável.
O que tira mais o fôlego?
Uma boa noite nas nuvens...
O que nunca está à altura?
Educação.
O que ainda dá vertigem?
Avião.
O céu é o limite?
Não Äfica um pouco mais além.
Qual é o pico do prazer?
A realização do último cume.
O que não falta na mochila?
Música brasileira.
Como quebrar o gelo?
Com piquetas e grampons.
Qual o caminho das pedras?
O respeito pela natureza e pelo ser humano.
Quando o ar fica rarefeito?
Quando chego a 5.000 m e tenho visão das alturas.
A melhor trilha é aquela que...
Ninguém vai.

Cobertor
Já em clima de Olimpíadas, o Brasil ganha este ano uma superprodução cultural, pilotada pela Câmara de Comércio Brasil-Austrália junto com a Australia Tourist Comission.

Tudo começa mês que vem com a aterrissagem em São Paulo de dois casais de coalas -que vão ser doados para o zôo.
Na sequência, será a vez de um festival gastronômico, outro de cinema e mais um de arte.

Bordado
Tem nome e sobrenome o novo hype no mercado editorial de moda.

Trata-se da revista "It", criada por três jornalistas do diário inglês "The Independent", com trabalhos alternativos de fotógrafos, artistas, escritores mais designers gráficos, tipo Nick Knight e Francesca Sorrenti.
Em formato grande e vendida pela Internet, a publicação tem um dos preços mais salgados do meio -custa US$ 80.

LOUCURAS DE VERÃO

CENÁRIO Totalmente underground, o Saquê Bar, na esquina da 9 Street com 2nd Avenue, no East Village, Nova York, não tem placa -é preciso tocar uma campainha para entrar-, vem com um time de garçons modernos e mais de cem tipos de saquês, além de drinks variados -um dos mais mais é o feito à base de lichia

FIGURINO Marcas estreladas como Gucci e Dolce & Gabbana continuam na onda: calças, bolsas e mules bordadas, com contas ou lantejoulas, vão dar pinta, sim, na primavera-verão da Europa e Estados Unidos -uma bolsa da Fendi com vidrilhos em profusão custa US$ 1.250

PRAZERES FRUGAIS Os sabonetes aromáticos e artesanais, assinados por Fátima Leão Farkas, dão aquele up no corpo e na alma -custam R$ 5,10 no Emporio Santa Maria e na livraria Spiro

SEXY E INDISCRETA Os produtos da marca inglesa de cosméticos Peacock Alley, que acabam de desembarcar na Fancy House, deixam qualquer mulher em estado de graça: hidratantes para corpo -R$ 77,90- e mão -R$ 58,90-, além de gel de banho, por R$ 48,90, e sabonetes, que custam R$ 23,90 cada

CABEÇA Aproveitando que vai encarnar Assis Chateaubriand no cinema, o ator Marco Ricca relê, "com outros olhos", a biografia "Chatô", de Fernando Morais, em que o filme é baseado

AVENTAL A pizza de erva-doce, do Due Ladroni, no Jardim Paulistano, cai bem nas noites quentes da estação: para o recheio, espalhar uma latinha de molho de tomate pelado sobre a massa, acrescentar uma camada de carpaccio, salpicando tudo com queijo parmesão e erva-doce

BOUQUET O toque zen do verão fica por conta do drink indiano Lassi Oriental, do restaurante Oriental: leva uma dose de iogurte, a mesma quantidade de água, meia dose de vodca, uma colher de sopa de leite condensado, muito gelo e gotinhas de água de rosas, tudo bem batido e servido com uma lichia -custa R$ 6,50

COTAÇÃO Uma cozinha personalizada, porte médio, cerca de 30 m2, da sofisticada marca alemã bulthaup, que acaba de chegar ao Brasil, custa entre US$ 70 mil US$ 100 mil -Claudia Schiffer já escolheu a sua

PERFORMANCE Ideais para as idas e vindas da estação, os "Zip Aways" de Calvin Klein são peças leves de nylon -tipo camisolas, saias e roupas esportivas-, que não amassam, viram um pequeno embrulho na mala e são o que há de melhor no quesito praticidade chic

TRILHA SONORA Agora que já terminou o seu mais novo romance "O Ponto Cego", a poeta e escritora Lya Luft relaxa ouvindo Ivan Lins -mais precisamente a música "Lembra de Mim"

STRESS As estradas de São Paulo, que acabam virando-para muitos- point forçado de pouso e repouso neste verão


E-mail: sgalib@uol.com.br

SIMONE GALIB, redatora interina

Com colaboração de ALESSANDRA BLANCO
e AUGUSTO PINHEIRO



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