São Paulo, domingo, 10 de maio de 2009

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O que ler para entender o movimento

COLUNISTA DA FOLHA

Quem quiser salvar-se de Peter Gay pode tentar muitos outros livros sobre o período. Modris Eksteins ("A Sagração da Primavera") e Roger Shattuck ("The Banquet Years") oferecem um retrato histórico vivo e integrado dos anos iniciais do modernismo. Perry Anderson, em "As Origens da Pós-Modernidade" [Jorge Zahar], traça hipóteses sociológicas sobre a arte moderna que Peter Gay não leva em conta e refina um conceito crítico que está ausente de seu livro recém-lançado.
Sobre a história da música no século 20, outro lançamento da editora, "O Resto é Ruído" [de Alex Rox], é um guia delicioso, preciso e brilhantemente escrito.
Sem contar o didático "O Castelo de Axel", de Edmund Wilson, os livros de Hugo Friedrich ("Estrutura da Lírica Moderna") e Marcel Raymond ("De Baudelaire ao Surrealismo") são belos guias para a literatura do século 20.
O ilustradíssimo livro de Giulio Carlo Argan ["Arte Moderna", Cia. das Letras], e os quatro volumes da Open University sobre pintura moderna ["Arte Moderna - Práticas e Debates", Cosac Naify], valem tudo o que Peter Gay poderia imaginar em termos de história das artes plásticas, se a fada do talento crítico o tivesse abençoado antes de escrever um livro tão infeliz. (MC)


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