São Paulo, domingo, 11 de maio de 1997.



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Fukuyama acabou com a história

da Redação

A tese de Fukuyama sobre o fim da história retoma uma tese de Hegel -na "Fenomenologia do Espírito"- que já havia sido atualizada pelo filósofo francês Alexandre Kojève nos anos 30.
Em resumo, Hegel defendia que a história era um processo único, evolutivo e coerente e que seu fim teria sido alcançado com a vitória de Napoleão na Batalha de Iena, em 1806. Essa vitória significava a derrocada do Antigo Regime e a consolidação dos ideais de liberdade e igualdade que emergiram com a Revolução Francesa.
Kojève estende o alcance da tese de Hegel a fim de englobar os processos históricos posteriores. Acontecimentos como a Revolução Russa foram interpretados como processos de aceitação da liberdade e da igualdade por povos que ainda não as haviam alcançado.
No artigo de 1989 e no livro "O Fim da História e o Último Homem" (Ed. Rocco), publicado em 1992, Fukuyama reconhecia o triunfo do modelo democrático liberal sobre as formas autoritárias do fascismo e do comunismo como "o ponto final da evolução ideológica da humanidade" e "a forma final de governo humano".



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