São Paulo, domingo, 11 de novembro de 2001

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Arrigo Barnabé

Celebrando a Proclamação da República, nesta quinta-feira, às 18h, o compositor Arrigo Barnabé e o poeta e dramaturgo argentino Alberto Muñoz estréiam no Centro Cultural Banco do Brasil/SP (tel. 0/xx/11/3113-3651) a ópera "O Homem dos Crocodilos". Inspirado no famoso caso freudiano "O Homem dos Lobos", o espetáculo trata das fobias de Antonio (Tiago Pinheiro), um pianista que deixa de tocar e de compor porque tem medo de que a tampa do piano caia sobre seus dedos. Até que um dia ele resolve tratar-se com a psicanalista Clara (Cida Moreira).
Na entrevista ao Mais!, Arrigo fala de fobias, fixações, futebol e outros bichos -e dá algumas pistas sobre o que pode ser (ou não ser) a sua nova ópera.

Quais as "melhores" fobias que estão circulando hoje?
Paranoiafobia. A psicanálise ainda dá uma boa ópera?
Oba! Operar ao divã uma ávida ária, um recitativo inconsciente, transferir um dueto, por que não?
Quem são os grandes crocodilos da cultura?
Os egípcios escolheram o crocodilo para simbolizar deus porque ele pode ver sem ser visto (devido a uma fina membrana transparente que protege seus olhos embaixo d'água). Devem existir vários deuses e deusas da cultura. Evidentemente próprios para o consumo.
Que outros bichos celebrarão a Proclamação da República?
Os momirratos e as pintalouvas.
O que os brasileiros e os argentinos mais têm em comum?
Bom futebol. Sastre, Maradona, Domingos da Guia, Pelé.
Os dedos do pianista terminam a peça sãos e salvos?
Ué, você que saber o final do filme?


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