São Paulo, domingo, 12 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Futurismo celebrou o avanço tecnológico e a velocidade

Uma das principais vanguardas estéticas do século 20, o futurismo surgiu oficialmente com a publicação no jornal francês "Le Figaro", no dia 20 de fevereiro de 1909, do "Manifesto Futurista", do escritor italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944). Em 1912, Marinetti publicaria o "Manifesto Técnico da Literatura Futurista". Nos dois textos, sobressai o repúdio aos tradicionalismos e a celebração do avanço tecnológico, da velocidade, da agressividade e das "palavras-em-liberdade" (ruptura das convenções gramaticais), como vias de expressão artística das conturbações da vida moderna. Documentos programáticos proliferam na música, no teatro e nas artes plásticas. O futurismo italiano alcança especial desenvolvimento na pintura de Giacomo Balla (1871-1958), Umberto Boccioni (1882-1916) e Carlo Carrà (1881-1966). Balla, co-signatário do "Manifesto dos Pintores Modernistas" (1910), foi o autor de quadros emblemáticos como "Poste de Iluminação" (1909), inspirado na então incipiente eletrificação das ruas de Roma. A visita de Marinetti à Rússia em 1914 teve grande impacto para a disseminação dos princípios futuristas no país, influindo nas rupturas poéticas e na adesão à revolução socialista por parte de nomes como Vladimir Maiakóvski. Devido à aproximação de Marinetti do fascismo, o rótulo de futurista foi evitado por boa parte da geração pós-22, o que não impediu que tal estética tivesse grande penetração no modernismo brasileiro, como é patente no caso do escritor Oswald de Andrade.



Texto Anterior: O Brasil mítico de Marinetti
Próximo Texto: + em torno de 22
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.