São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2004

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+ quem são

Eduardo Coutinho e João Moreira Salles são dois dos mais importantes cineastas brasileiros que trabalham com o cinema documental.
Eduardo Coutinho, 71, iniciou sua carreira na ficção, em projetos como "ABC do Amor", "O Homem Que Comprou o Mundo" e "Cabra Marcado para Morrer", sobre a vida no campo e as Ligas Camponesas. mas teve que interrompê-lo devido à repressão do regime militar, só chegando a concluí-lo 17 anos depois, quando então toma feições de documentário. Coutinho trabalhou na produção do programa "Globo Repórter", da TV Globo. Autor de filmes premiados, como "Santo Forte", "Babilônia 2000" e "Edifício Master", Coutinho se destaca pelo trabalho com temas voltados às camadas mais excluídas da sociedade. Seu estilo documental prioriza o depoimento do entrevistado, incluindo o silêncio e o vazio, sem reduzi-lo ou editá-lo demasiadamente. Para ele, que participa de seus filmes, o documentário é como um encontro dele com seus entrevistados, intermediado pela câmera.
Produtor, diretor e editor de documentários, João Moreira Salles é defensor de um cinema documental autoral, de forma mais subjetiva. Autor de filmes como o premiado "Notícias de uma Guerra Particular", em que retrata o cotidiano dos moradores e traficantes do morro da Dona Marta, no Rio de Janeiro, e expõe o jogo dos conflitos sociais envolvendo a polícia, o tráfico e a população. Um de seus últimos trabalhos foi sobre a carreira do premiadíssimo pianista brasileiro Nelson Freire.


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