São Paulo, domingo, 17 de junho de 2001

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A idéia da existência de outras formas de vida e civilizações para além da Terra continua inquietando cientistas e leigos. Eduardo Dorneles Barcelos, assessor da Agência Espacial Brasileira, escreveu "Telegramas para Marte" (Ed. Zahar) a fim de explicar em que pé estão essas buscas.
Há vida inteligente fora da Terra?
Todas as religiões e filosofias apresentaram respostas a essa indagação. Atualmente os cientistas buscam algo mais específico -se há vida e inteligência extraterrestres-, utilizando os mais avançados equipamentos disponíveis, como os radiotelescópios. A idéia de que não estamos sós se tornou quase uma obviedade, pois ninguém admite que, num universo tão imenso, a espécie humana seja única. Mas ainda não sabemos se a vida e a inteligência são fenômenos comuns na galáxia.
O que acha dos rumores sobre os ETs?
A chamada ufologia defende que os extraterrestres estão (ou estiveram) entre nós. Contudo os estudos conduzidos por cientistas das mais variadas áreas, como astronomia, meteorologia, biologia etc., não conseguiram comprovar essa afirmação. Até hoje, nenhuma nave alienígena pousou, ao meio-dia, no centro de Brasília, Moscou, Washington ou Pequim, o que poderia encerrar, de vez, toda a polêmica. Uma viagem entre as estrelas seria extremamente onerosa e complicada.
Quais os principais projetos de "busca de extraterrestres"?
Desde os anos 1960, desenvolve-se a Seti (Search for Extraterrestrial Intelligence). A Seti é realizada, basicamente, pela procura de sinais de rádio que indiquem uma origem extraterrestre artificial. Infelizmente, até o momento, nada de indubitável foi encontrado. Entre os principais projetos, temos o SETI@home, que conta com o auxílio voluntário de milhões de internautas no processamento de sinais recebidos pelo maior radiotelescópio do mundo, o de Arecibo, e o Projeto Phoenix, conduzido pelo Instituto Seti.


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