São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2006 |
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Sociologia por Ricardo Musse Economia-mundo Acompanham-se, cada vez mais, os desdobramentos da "economia-mundo", a distribuição de riqueza e de poder entre blocos, países e regiões. O nexo entre mundial e local abre um caminho profícuo para a compreensão do conflito entre política (a democracia e a cidadania) e economia (o mercado e o neoliberalismo). Contrapoderes Prolifera o resgate da "invenção cotidiana de alternativas práticas", de contrapoderes (redes sociais, comunidades, coletivos etc.) que apontam para novas formas de ação política. Com a expectativa de romper a hegemonia da lógica econômica por meio de uma intervenção no social que aprofunde a democracia e a solidariedade. Reconstrução da teoria social Surgem tênues tentativas de reconstrução da teoria social, debilitada pelo vale-tudo do relativismo e pela crise da ciência e da reflexividade contemporâneas. Sua dimensão crítica parece entorpecida pela presença de uma espessa e insidiosa névoa que nos assola, a barbárie. Mensuração da desigualdade Há uma preocupação em aperfeiçoar as técnicas de mensuração da desigualdade, seja entre classes ou entre nações, considerando as diferentes modalidades de exclusão: econômica, social, política, cultural, digital etc. A dificuldade é quantificar a disparidade inerente à posse de propriedades, empresas e capital. Subjetividade contemporânea Procuram-se identificar as "figuras da subjetividade contemporânea", em conexão com novas formas (a especialização flexível) de produção e de consumo. Mas, para visualizar seu impacto sobre a sociabilidade, convém evitar o uso de conceitos equívocos como "sociedade da imagem", "do conhecimento" etc. RICARDO MUSSE é professor no departamento de sociologia da USP. Texto Anterior: Cinema por João Luiz Vieira Próximo Texto: Música 1 por Livio Tragtenberg Índice |
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