BRÁULIO MANTOVANI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Gosto de recomendar filmes que estimulam meu desejo criativo. É o caso de "Meu Tio da América" (1980), escrito por Jean Gruault (o mesmo roteirista de "Jules e Jim") e dirigido por Alain Resnais. Quando eu o vi, há mais de 20 anos, saí do cinema com uma vontade louca de escrever. "Meu Tio da América" tem uma narrativa que hoje chamamos "multiplot". São três histórias ficcionais intercaladas a cenas documentais conduzidas pelo cientista Henri Laborit. O roteiro usa (e abusa) da narração "off" com muita inteligência. Não me canso de revê-lo -e de aprender com o mestre Gruault.

BRÁULIO MANTOVANI é roteirista do filme "Última Parada 174", que estréia sexta.


Texto Anterior: Ponto de fuga: Notas esquecidas
Próximo Texto: +Autores: Círculo virtuoso
Índice