Cunhado na Grécia Antiga, o termo "hermenêutica" se consolida, na Idade Média, como ramo teológico dedicado à interpretação da Bíblia. Os hermeneutas se alinhavam em correntes como a "literal", aferrada à letra do texto, e a "anagógica" (por exemplo, a cabala), que buscava nos signos a revelação de segredos da vida. Mas a hermenêutica seria também uma das matrizes do pensamento moderno. Nascida sob um projeto ainda teológico, com Schleiermacher (1768-1834), influenciou nomes como Dilthey e Max Weber. Já Gadamer, com "Verdade e Método" (1960), seria precursor do pós-modernismo, ao mostrar que toda obra é "aberta" a leituras diversas segundo a perspectiva histórica -ou "horizonte hermenêutico"- do leitor.



Texto Anterior: + memória: A consciência da história
Próximo Texto: Ponto de fuga - Jorge Coli: Orazio e Artemisia
Índice