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Além do princípio do prazer
Deirdre Bair fala da reação violenta dos herdeiros a "Jung - Uma Biografia"
e relembra como
o criador
da psicologia analítica foi marginalizado por Freud
por diminuir
a importância
da sexualidade
CAIO LIUDVIK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Eu simplesmente sou
uma pessoa que não
pode ser obrigada a
ajustar-se ao esquema
comum, e esse é o significado da minha vida." A biógrafa norte-americana Deirdre
Bair levou a sério essas palavras de Carl Gustav Jung ao estudar a vida dele em sua obra
de dois volumes que está sendo
lançada no Brasil no mês que
vem, pela editora Globo.
"Jung - Uma Biografia" (trad.
Helena Londres, 624 págs. e
506 págs., respectivamente;
preços não definidos) destaca-se pela riqueza de detalhes e
pelo tom objetivo, que evita reduzir Jung aos "esquemas comuns", que costumam estereotipá-lo como "santo" padroeiro
da new age ou, no outro extremo, como o "diabólico" traidor
de Freud -que o escolhera como "príncipe herdeiro", mas de
quem se afasta em 1913 ao propor uma visão da libido discordante da ênfase sexual da psicanálise [leia texto na pág. 6].
Jung, ao lado do seu ex-mestre vienense, é um dos nomes
mais célebres da psicologia
moderna. Termos que criou ou
redefiniu, como inconsciente
coletivo, arquétipo, complexo,
introvertido/extrovertido, sincronicidade [leia texto na pág.
ao lado], estão amplamente difundidos até na linguagem cotidiana. Sua linha terapêutica
atrai profissionais e clientela
em grau expressivo.
O interesse atual pelo psicólogo suíço pode ser medido inclusive por outro tipo de indicador: uma coleção de manuscritos e cartas de Jung foi vendida no início deste mês por
707.380 libras (cerca de R$ 2,9
milhões), segundo a casa de leilões Sotheby's.
Foram leiloados cerca de 50
documentos, entre os quais minutas de trabalho, conferências, cartas, desenhos e fotos,
retratando inquietações profissionais e pessoais de Jung, e a
forma com ele reagia a algumas
das muitas controvérsias que
pesam sobre esse -como ele
próprio se define- "desajustado" personagem.
Além do virulento divórcio
intelectual com Freud, uma
dessas controvérsias é a acusação -por ele sempre negada,
mas que o perseguiu até o fim
da vida- de que foi adepto do
nazismo, devido ao fato de
Jung ter presidido, nos anos
30, uma entidade psicoterapêutica internacional com sede
na Alemanha de Hitler.
Deirdre Bair, como mostra
na entrevista a seguir, estudou
detalhadamente a questão, negando fundamento a tal denúncia. Também enfrentou
outras polêmicas, como a curta
e tumultuada relação de Jung
com James Joyce e a suposta
-e também infundada, diz
ela- denúncia de que ele "roubou" de um orientando a teoria
do inconsciente coletivo -estrutura psíquica comum a todos os povos e que se explicitaria nos mitos, sonhos e delírios.
Uma das inspirações originais para essa formulação foi
um paciente esquizofrênico do
hospital psiquiátrico em que
Jung trabalhava, nos primeiros
anos do século 20, e que fantasiava sobre como o "pênis do
Sol" produziria o vento, visão
essa que mais tarde Jung reencontraria, em termos muito similares, em documento arcaico
sobre os adeptos do culto a Mitra, muito provavelmente desconhecidos de seu paciente.
Deirdre Bair é autora de biografias sobre outros grandes
nomes da cultura ocidental
contemporânea, como Samuel
Beckett, que lhe rendeu o prestigioso National Book Award.
FOLHA - Por que, após ter feito a
biografia de autores como Samuel
Beckett, Simone de Beauvoir e Anaïs
Nin, a senhora escolheu Jung? O que
nele a atraiu mais?
DEIRDRE BAIR - Sou interessada
em escrever sobre pessoas que
exerceram tremenda influência na cultura e sociedade contemporâneas. A idéia de escrever sobre Jung não se originou
em mim, mas veio à tona mediante o que Jung chamou de
"sincronicidade" -quando
acontecem eventos não relacionados [causalmente], mas
que, quando tomados conjuntamente, [vemos que] se integram num todo.
Eu vinha lendo Jung havia
vários anos, tanto em estudos
de pós-graduação na Universidade da Pensilvânia quanto no
doutorado na Columbia (nos
dois casos, em literatura comparada). Como muitas mulheres que chegaram à idade adulta no movimento feminista dos
anos 70, eu acreditava que Jung
tinha mais relevância para as
vidas das mulheres do que
Freud, que parece ignorar nossa metade da raça humana.
Estudei literatura medieval
intensamente, por isso conhecia todos os manuscritos que
Jung lera, e tinha uma boa
compreensão de seu conhecimento sobre mito, simbolismo,
alquimia, religião comparada e
história. O que me faltava era
treinamento clínico, mas tive
sorte por contar com a ajuda e o
suporte de alguns dos mais respeitados acadêmicos e escritores em suas profissões clínicas,
e eles me deram orientação
nesse campo.
FOLHA - Quais são as principais
descobertas de seu livro?
BAIR - São muitas. Fui a única
biógrafa de Jung que realmente
fez uma pesquisa de sua vida e
obra. Fui a arquivos onde encontrei por volta de 900 cartas
que Jung trocou com altos oficiais do Partido Nazista e, ao fazer isso, fui capaz de provar
conclusivamente que Jung não
era um colaborador nazista.
Também descobri que ele era
um agente aliado na Segunda
Guerra, conhecido como
"Agente 488". Quando Eisenhower [1890-1969, general na
Segunda Guerra e presidente
dos EUA entre 1953 e 1961] quis
distribuir panfletos à população civil alemã, para trazer a
guerra a um fim rápido, ele consultou Jung sobre o que deveria
ser escrito.
Eu descobri o manuscrito
original do "homem do falo solar", que levou Jung à descoberta do inconsciente coletivo,
provando, assim, que ele não
era um mentiroso ou um ladrão, mas o criador de sua teoria. Elas todas são produto de
um intenso e difícil esforço de
pesquisa, por meio do qual reuni tantos fatos quanto podia para chegar à mais acurada "verdade" sobre Jung.
FOLHA - A senhora menciona no livro os severos mecanismos de controle, pela família de Jung, de seu espólio e de sua memória. Foi difícil lidar com isso? A senhora se sentiu
pressionada a incluir ou excluir dados em seu livro?
BAIR - A família de Jung me recebeu bem desde o início da minha pesquisa e foi muito graciosa e generosa comigo ao longo dos sete ou oito anos que levei para escrever o livro. Por isso fiquei surpresa e chocada pela violência do ataque deles ao
meu livro assim que publicado.
O acordo que tínhamos desde o início foi o mesmo que tive
nos meus três livros anteriores
(as duas pessoas vivas, Beckett
e Beauvoir, e o espólio de Anaïs
Nin): eles não leriam o livro antes de publicado; não tentariam
interferir no que eu escrevi
nem tentariam me influenciar
de nenhuma maneira a me
ajustar a suas visões. Eles aceitaram esse acordo, e, se fosse de
outro modo, eu não teria sido
capaz de escrever sobre Jung.
Todas as interpretações nas
biografias que escrevo são minhas -e também os enganos ou
erros factuais. Assumo total
responsabilidade pelo que escrevo. Foi muito triste o fato de
os herdeiros de Jung terem sido de alguma maneira levados a
atacar meu livro, uma vez que
eu tinha muita documentação
para cada afirmação que fiz.
Estou aliviada porque, após
dois anos tentando me fazer
reescrever o livro em conformidade com seus desejos, os herdeiros de Jung não tiveram suporte legal para tanto em nenhum país.
FOLHA - Mas que pontos do livro
eles exigiram que fosse alterado?
BAIR - Você vai achar a minha
resposta tão estranha quanto
achei as reclamações deles.
Não sei ao certo o que (ou talvez quem) levou os herdeiros
de Jung a atacar meu livro, coisa que não tinham feito até a
publicação. Suas principais objeções foram:
1) Jung tinha dois barcos à
vela, e eu dei a vela vermelha
para o barco errado.
2) Eu mencionei que ele quase caiu de uma ponte pênsil no
Rheinfall [ponto mais alto das
corredeiras do rio Reno], quando tinha 3 anos de idade. Eles
reclamaram que não era uma
ponte pênsil, embora os arquivos que eu consultei mostrem
claramente que era.
3) Eles (os netos, a quem chamo de os herdeiros) reclamaram que eu difamei Emma
Jung (que morreu em 1954 e,
portanto, não podia ser difamada no sistema legal de nenhum
país) quando escrevi que ela era
uma mãe distante, mais preocupada com o trabalho do marido do que em estar próxima
de suas crianças.
Eu entrevistei quatro de seus
cinco filhos, e todos disseram
isso a mim e a muitos outros
entrevistadores antes de mim
que haviam escrito sobre isso.
Os netos eram crianças quando
Emma morreu e, embora lembrem dela com grande afeição
(a qual estou certa de que é genuína), não estão qualificados
para contradizer seus pais, os
reais filhos de Emma.
Essas foram as principais razões pelas quais eles acreditavam que os editores em todos
os países deveriam impedir a
circulação de meu livro até que
eu o reescrevesse segundo tais
especificações. Loucura, não?
FOLHA - A sra. afirma que Jung "se
tornou tudo", após a publicação de
"Tipos Psicológicos": desde um
"deus", o "mais sábio dos homens",
até um "perfeito idiota". E completa: "De fato, ao longo da segunda
metade de sua vida, ele foi um pouco disso tudo".
BAIR - Quando escrevi esse parágrafo conclusivo de um capítulo do livro, eu queria fazer
uma "provocação" e queria que
o leitor a tivesse em mente enquanto lesse o restante do livro.
Em cada um dos capítulos que
se seguem, por exemplo, ao falar da amizade de Jung com homens, das viagens dele à Índia
ou à África, das relações dele
com mulheres, mostro como
essas descrições contribuem
para as partes da "verdade total" da vida de Jung.
FOLHA - Jung era, como Freud e
tantos outros o acusaram, um "anti-semita"? Ele de algum modo se valeu do regime nazista como meio de
difundir e institucionalizar sua própria psicologia, assim como muitos
nazistas se aproveitaram dele como
via de legitimação da idéia de diferenças raciais?
BAIR - Penso que Jung exibe o
mesmo grau de anti-semitismo
que era encontrado em quase
toda a cultura européia de seu
tempo, e que era certamente
extrema na Suíça alemã. Mas
chamá-lo de anti-semita é injusto e incorreto.
Uma das partes importantes
do livro é como demonstro que
Jung fez muito para salvar judeus durante a Segunda Guerra
e como acolheu judeus em sua
psicologia analítica.
Que ele tenha proferido afirmativas danosas sobre o caráter e a identidade judaicas em
alguns de seus escritos é uma
pena, porque elas obscurecem
sua realização muito real em
acolher e ajudar judeus que estavam em perigo.
Como para muitos europeus
de sua época, o balanço não é
imaculadamente limpo, mas
também não drasticamente
manchado e sujo. E o que dizer
de Freud, que chamava seus
próprios seguidores de "judeus
sujos" e que dizia estar envergonhado deles e constrangido
por eles? Por que não fazemos
as mesmas acusações de anti-semitismo a Freud?
FOLHA - O que a senhora pensa sobre o papel de Jung na família dele?
O discurso junguiano sobre o valor
da "individuação" (grosso modo, o
desenvolvimento da singularidade
pessoal de cada um) não é de algum
modo "negado" pela atitude de
Jung em relação à mulher, Emma,
fazendo-a suportar, a contragosto, a
presença de uma "segunda mulher"
em casa, Toni Wolff?
BAIR - Jung parece ser um dos
poucos homens nos tempos
contemporâneos que eram capazes de lidar tanto com uma
mulher como com uma amante
(ou, como ele chamava Toni
Wolff, sua "outra mulher").
Mas ele foi capaz disso porque essas duas mulheres notáveis tornaram isso possível. Os
filhos de Jung (quatro dos
quais eu entrevistei para meu
livro) achavam que seu pai fosse uma presença ausente, se
posso fazer essa afirmação contraditória: ele estava sempre
em casa, mas raramente presente na vida deles, pois estava
sempre trabalhando.
Jung foi muito mais amoroso
como avô, e todos os seus netos
lembram dele com grande ternura, amor e afeição.
FOLHA - É possível comparar a "intolerância" de Freud com relação às
inovações teóricas de Jung -quando da ruptura entre os dois, em
1913- com a que o próprio Jung
manifestou em relação a seus seguidores? A senhora concorda com a
acusação de Richard Noll de que
Jung articulou um "culto" religioso
em torno de si?
BAIR - Devemos lembrar que
Freud estabeleceu, por quase
um século, os termos pelos
quais Jung seria considerado
mundo afora quando, em 1913,
publicou uma "História da Psicanálise" logo após Jung ter tido a coragem de romper com
ele no que tange à teoria da libido. Freud disse que "a psicanálise é minha, eu a possuo, eu a
criei, eu a inventei". Ele começa
uma campanha deliberada para
marginalizar e mesmo destruir
Jung.
E Jung, que tinha grande respeito por Freud, nada fez para
denunciá-lo, mas permitiu que
o tempo e a história julgassem
se a teoria dele [de Jung] seria
duradoura e respeitada.
Eu verdadeiramente acredito que o século 20 foi freudiano,
mas que o século 21 será junguiano. Pense nas pessoas hoje,
em todo o mundo, que estão em
busca de satisfação pessoal para suas vidas. Elas estão lendo
Jung em número recorde e encontrando em sua teoria um
modo de pensar que traz sustentação espiritual que elas não
podem achar noutro lugar, na
política, nas artes ou mesmo na
religião organizada.
A teoria de Jung da "individuação" ajuda as pessoas a aceitarem-se como são enquanto
começam a longa jornada de
auto-exame para tornarem-se
as pessoas que querem ser.
Dizer que Jung é um "culto
religioso", como fez Richard
Noll, é grosseiramente injusto.
Seus livros -embora contenham grande quantidade de
matéria interessante sobre a
história cultural do século 19,
que formou o pensamento de
Jung- são injustos e inverídicos em sua insistência de que
Jung, voluntariamente, criou
um culto. Cultos podem ter de fato florescido ao redor de Jung (por
exemplo, os muitos usos new
age de seu nome onde não há
absolutamente nenhuma conexão com ele ou com sua teoria),
mas, se esses cultos cresceram
em torno do nome de Jung, eles
o fizeram sem nenhum "empurrão" da parte dele.
FOLHA - Conforme seu relato no livro, Jung manifesta, na prática de
psicólogo, cada vez menos interesse
por histórias de vida individuais,
preferindo explorar o mundo dos
símbolos arquetípicos. Isso não é
um risco em termos das possibilidades "clínicas" da terapia junguiana?
BAIR - Você está me pedindo
aqui para dar explicações clínicas, e não sou uma clínica e não
tenho nenhum treinamento
clínico. Nunca tento me intrometer nas profissões analíticas.
O que mostrei no meu livro é
como o "médico doutor Jung"
gradualmente se tornou menos
interessado em tratar pacientes individuais e como se tornou o "professor Jung", no sentido de um filósofo, historiador
ou outro scholar, que estava interessado em investigar "tipos"
ou "arquétipos".
FOLHA - O que resta, a seu ver, como os principais legados de Jung para a cultura de nosso tempo?
BAIR - Como é difícil pra mim
avaliar o legado cultural de
Jung! Deixe-me fazê-lo pessoalmente contando a você
que, desde que meu livro foi publicado em inglês, em novembro de 2004, e na Alemanha,
em novembro de 2005, tenho
recebido algumas centenas de
cartas de todo o mundo.
As pessoas escrevem para me
dizer o quão importante Jung é
em suas vidas e como ler um de
seus livros as levou a um estudo
mais profundo de sua escrita, e
o que essa escrita fez para tornar suas vidas melhores.
O fato de eu ser convidada
constantemente para falar sobre meu livro e de esse interesse por ele crescer o tempo todo
faz-me pensar que estou correta quando digo que Jung terá
enorme influência em nossa vida e época conforme o século
desponta.
FOLHA - A senhora poderia dizer algo sobre a relação de Jung com o
Brasil? Por exemplo, o que ele pensava do trabalho de Nise da Silveira?
BAIR - Jung não escreveu ou falou diretamente do Brasil.
Realmente sei que há um grande e importante contingente de
analistas junguianos no Brasil,
como sociedades que estudam
sua teoria. Os analistas junguianos que eu conheço nos
EUA, Inglaterra e França dizem-me que os brasileiros estão fazendo algumas das mais
fascinantes e compensadoras
pesquisas e escritos sobre Jung.
Acredito que ele ficaria muito
feliz em saber disso.
Não sei sobre o conhecimento de Jung acerca de Nise da Silveira. Eu procurei pelo nome
dela em todos os índices de
Jung e não está lá.
Mas ontem eu recebi e-mails
de dois analistas junguianos,
Thomas Kirsch e Andrew Samuels, e eles me lembraram
que em 2000, quando eu estava
assistindo a uma conferência
em Londres, um jornalista brasileiro se apresentou a mim e
me deu um folder de escritos a
respeito de Nise da Silveira,
mais fotocópias de alguns de
seus quadros e desenhos. Dr.
Kirsch me lembrou ontem que
ele tinha escrito sobre ela em
seu livro, "Os Junguianos".
Em 2000, eu imediatamente
comecei a investigar a conexão
de Nise da Silveira com Jung,
quando estava nos estágios finais da escrita de meu livro, e,
se ela se afigurasse importante,
eu precisaria escrever sobre
ela. Fui incapaz de achar qualquer contato direto entre ela e
Jung, que estava muito velho e
doente na época em que ela esteve em Zurique.
Não há em seus livros de
apontamentos nenhum registro de que tenha se encontrado
com ela.
FOLHA - Nise esteve diretamente
em contato com ele em 1957, durante o 2º Congresso Internacional
de Psiquiatria, em Zurique. A troca
de cartas e o encontro com Jung
marcaram para sempre os rumos
profissionais de Nise, e seu pioneirismo na promoção da arte como caminho criativo e terapêutico para os
doentes mentais.
BAIR - Em 1957, Jung de fato
apareceu no congresso, mas eu
entendo que foi um momento
muito breve; depois disso, ele
teve pouco contato com os presentes; viu alguns velhos amigos e colegas, mas poucos novos. Todavia, pelo que você me
diz, é claro que ele teve um contato com Nise da Silveira, mesmo que tenha sido breve da
parte dele.
Mas, da parte dela, foi importante e duradouro, e isso mostra como a teoria dele foi influente para tantas pessoas.
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