São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997.



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Indicados da Semana

A OBRA
Figura - Erich Auerbach. Tradução de Duda Machado. Editora Ática (r. Barão de Iguape, 110, Liberdade, CEP 01507-900, São Paulo, tel. 011/277-4146). 86 págs. Preço não definido.
A obra traz dois ensaios que estudam a poesia medieval e a de Dante a partir da investigação do sentido etimológico do termo "figura".

O AUTOR
Erich Auerbach (1892-1957) foi filólogo e crítico literário alemão. Fugindo da perseguição aos judeus, instalou-se na Turquia em 1936, onde escreveu seu livro mais importante, "Mimesis", um amplo painel da literatura ocidental, desde Homero e a Bíblia até o século 20.

O QUE DISSERAM
"(Sua obra é) um monumento de erudição que desconsidera os nacionalismos estabelecidos e demonstra convincentemente a unidade da civilização ocidental, a vitalidade do legado da antiguidade clássica e do cristianismo medieval."
Wellek e Warren, em "Teoria Literária".


A OBRA
A Beleza Difícil - Gerard Manley Hopkins. Tradução de Augusto de Campos. Ed. Perspectiva (av. Brigadeiro Luís Antônio, 3.025, CEP 01401-000, SP, tel. 011/885-8388). 112 págs. R$ 12,00. Seleção de poemas do escritor inglês, entre os quais "O Naufrágio do Deutschland", traduzidos pelo poeta Augusto de Campos.

O AUTOR
Nascido em uma família de rígida formação protestante, o poeta Gerard Manley Hopkins (1844-1889) renegou sua religião aos 24 anos para se tornar padre jesuíta. Sua poesia, de caráter místico e religioso, foi inovadora e, em muitos aspectos, antecipou estruturas poéticas do século 20.
O QUE DISSERAM
"Gerard Manley Hopkins é um dos criadores da poesia moderna, ao lado de contemporâneos como Whitman, Baudelaire e Emily Dickinson." Paulo Henriques Brito, no Mais! de 15/6/97.


A OBRA
O Tempo da Memória - Norberto Bobbio. Tradução de Daniela Versiani. Ed. Campus (r. Sete de Setembro, 111, 16º andar, CEP 20050-002, RJ, tel. 021/509-5340). 206 págs. R$ 29,00.
Em seu primeiro livro autobiográfico, o pensador italiano reflete sobre sua formação intelectual, o significado da vida e a proximidade da morte.

O AUTOR
Norberto Bobbio (1909), professor e cientista político italiano, é considerado um dos mais influentes teóricos da esquerda. Notabilizou-se por sua atuação política, desde a resistência ao fascismo até a eleição para senador em 1984. Escreveu, entre outros, "Era dos Direitos" e "Dicionário de Política".

O QUE DISSERAM
"Sua atitude diante deste mundo é a de um 'iluminista-pessimista' que confia no papel da razão esclarecida nos interstícios de uma realidade factual repleta de horrores."
Celso Lafer, no prefácio à edição brasileira do livro.



A OBRA
Adeus Robinson e Outras Peças - Julio Cortázar. Tradução de Mário Pontes. Ed. Civilização Brasileira (av. Rio Branco, 99, 20º andar, CEP 20040-004, RJ, tel. 021/263-2082). 192 págs. R$ 23,00.
Traz um lado menos conhecido de Cortázar: o de autor dramático. Três das obras reunidas são peças teatrais e há ainda uma peça radiofônica, escritas entre os anos 40 e 70.

O AUTOR
Julio Cortázar (1914-1984), contista e romancista argentino, é autor de "Histórias de Cronópios e de Famas" (1962) e "Jogo da Amarelinha" (1963), entre outros. Fortemente influenciado por Jorge Luis Borges e Charles Baudelaire, seu estilo mistura a técnica da literatura fantástica com cenas do cotidiano.

O QUE DISSERAM
"Um dos móveis profundos de sua obra parece nascer (da) visão infantil, da admiração infantil diante das coisas desconhecidas, da vida misteriosa que cresce ao redor."
Davi Arrigucci Jr., em "Enigma e Comentário" (Companhia das Letras).


A OBRA
Correspondência de Euclides da Cunha - Organização de Oswaldo Galotti e Walnice Nogueira Galvão. Edusp (av. Prof. Luciano Gualberto, travessa J, 374, Cidade Universitária, CEP 05508-900, SP, tel. 011/813-8837). 464 págs. R$ 35,00.
Reunião de quase 400 cartas de Euclides da Cunha, das quais 107 inéditas, abrangendo o período que vai de 1890 a 1909.

O AUTOR
Euclides da Cunha (1866-1909). Engenheiro e militar de carreira, foi como jornalista que se destacou ao cobrir a Guerra de Canudos, que inspiraria seu livro mais famoso e um clássico da literatura brasileira, "Os Sertões" (1902). Escreveu também, entre outros, "Contrastes e Confrontos".

O QUE DISSERAM

"Um auto-retrato, em texto, que lembra os de Van Gogh, em tela, cujas linhas tortuosas revelam uma personalidade inquieta e atormentada"
José Murilo de Carvalho, em Jornal de Resenhas, na Folha de 11/4/1997.



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