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Indicados da Semana
A OBRA
Figura - Erich
Auerbach. Tradução de
Duda Machado. Editora
Ática (r. Barão de Iguape,
110, Liberdade, CEP
01507-900, São Paulo,
tel. 011/277-4146). 86
págs. Preço não definido.
A obra traz dois ensaios que estudam a poesia medieval e a de Dante a partir da investigação do sentido etimológico do termo "figura".
O AUTOR
Erich Auerbach (1892-1957) foi filólogo e crítico literário alemão. Fugindo da
perseguição aos judeus, instalou-se na Turquia em 1936, onde escreveu seu livro mais
importante, "Mimesis", um amplo painel da
literatura ocidental, desde Homero e a Bíblia até o século 20.
O QUE DISSERAM
"(Sua obra é) um monumento de
erudição que desconsidera os nacionalismos estabelecidos e demonstra convincentemente a unidade da civilização ocidental,
a vitalidade do legado da antiguidade clássica e do cristianismo medieval."
Wellek e Warren, em "Teoria Literária".
A OBRA
A Beleza Difícil -
Gerard Manley Hopkins.
Tradução de Augusto de
Campos. Ed. Perspectiva
(av. Brigadeiro Luís Antônio, 3.025, CEP
01401-000, SP, tel.
011/885-8388). 112
págs. R$ 12,00.
Seleção de poemas do escritor inglês, entre
os quais "O Naufrágio do Deutschland", traduzidos pelo poeta Augusto de Campos.
O AUTOR
Nascido em uma família de rígida
formação protestante, o poeta Gerard Manley Hopkins (1844-1889) renegou sua religião aos 24 anos para se tornar padre jesuíta. Sua poesia, de caráter místico e religioso, foi inovadora e, em muitos aspectos, antecipou estruturas poéticas do século 20.
O QUE DISSERAM
"Gerard Manley Hopkins é um dos
criadores da poesia moderna, ao lado de
contemporâneos como Whitman, Baudelaire e Emily Dickinson."
Paulo Henriques Brito, no Mais! de
15/6/97.
A OBRA
O Tempo da Memória - Norberto Bobbio. Tradução de Daniela
Versiani. Ed. Campus (r.
Sete de Setembro, 111,
16º andar, CEP
20050-002, RJ, tel.
021/509-5340). 206
págs. R$ 29,00.
Em seu primeiro livro autobiográfico, o
pensador italiano reflete sobre sua formação intelectual, o significado da vida e a
proximidade da morte.
O AUTOR
Norberto Bobbio (1909), professor e cientista político italiano, é considerado um dos
mais influentes teóricos da esquerda. Notabilizou-se por sua atuação política, desde a
resistência ao fascismo até a eleição para
senador em 1984. Escreveu, entre outros,
"Era dos Direitos" e "Dicionário de Política".
O QUE DISSERAM
"Sua atitude diante deste mundo é a de um
'iluminista-pessimista' que confia no papel
da razão esclarecida nos interstícios de uma
realidade factual repleta de horrores."
Celso Lafer, no prefácio à edição brasileira
do livro.
A OBRA
Adeus Robinson
e Outras Peças - Julio
Cortázar. Tradução de
Mário Pontes. Ed. Civilização Brasileira (av. Rio
Branco, 99, 20º andar,
CEP 20040-004, RJ, tel.
021/263-2082). 192
págs. R$ 23,00.
Traz um lado menos conhecido de Cortázar:
o de autor dramático. Três das obras reunidas são peças teatrais e há ainda uma peça
radiofônica, escritas entre os anos 40 e 70.
O AUTOR
Julio Cortázar (1914-1984), contista e romancista argentino, é autor de "Histórias de
Cronópios e de Famas" (1962) e "Jogo da
Amarelinha" (1963), entre outros. Fortemente influenciado por Jorge Luis Borges e
Charles Baudelaire, seu estilo mistura a técnica da literatura fantástica com cenas do
cotidiano.
O QUE DISSERAM
"Um dos móveis profundos de sua obra parece nascer (da) visão infantil, da admiração
infantil diante das coisas desconhecidas, da
vida misteriosa que cresce ao redor."
Davi Arrigucci Jr., em "Enigma e Comentário" (Companhia das Letras).
A OBRA
Correspondência de Euclides da Cunha - Organização de Oswaldo Galotti e Walnice
Nogueira Galvão. Edusp
(av. Prof. Luciano Gualberto, travessa J, 374, Cidade Universitária, CEP
05508-900, SP, tel. 011/813-8837). 464
págs. R$ 35,00.
Reunião de quase 400 cartas de Euclides da
Cunha, das quais 107 inéditas, abrangendo
o período que vai de 1890 a 1909.
O AUTOR
Euclides da Cunha (1866-1909). Engenheiro
e militar de carreira, foi como jornalista que
se destacou ao cobrir a Guerra de Canudos,
que inspiraria seu livro mais famoso e um
clássico da literatura brasileira, "Os Sertões"
(1902). Escreveu também, entre outros,
"Contrastes e Confrontos".
O QUE DISSERAM
"Um auto-retrato, em texto, que lembra os
de Van Gogh, em tela, cujas linhas tortuosas
revelam uma personalidade inquieta e atormentada"
José Murilo de Carvalho, em Jornal de
Resenhas, na Folha de 11/4/1997.
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