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RISCO NO DISCO
Ilhas
LEDUSHA
Cá estamos, finalmente. Chegamos com a madrugada e mal pudemos esperar para ouvir a areia fluida cantando sob nossos pés. Buscamos tantas vezes distância das alegrias bizarras sem sucesso. Na bagagem bebidas delicadas, cigarros, contos de Silvina Ocampo e Jack London. Com os solavancos da estrada as frutas que trouxemos acabaram com as polpas semi-expostas, o mesmo laranja róseo do amanhecer que nos recebe sem ruído. Levemente perturbados aspiramos certo perfume insular, o mesmo que veio nos indicando o caminho. Nas curvas, usávamos a primeira pessoa do plural, como já juramos nunca. Soa singular. Pelo estilo do vento, o dia será magnífico.
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