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Vendas de papelão ondulado têm expansão de 2,5%

Associação brasileira do setor estima que até o fim do ano serão comercializados 3,2 milhões de toneladas

Apesar da crise na Europa, presidente da entidade diz que o mercado deve superar os efeitos da recessão

RICARDO SCHWARZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado de papelão ondulado no Brasil deve fechar 2011 com 3,2 milhões de toneladas vendidas, um aumento de 2,5% em relação ao ano passado, segundo projeção da ABPO, a associação brasileira do setor.

Apesar de ainda não contabilizar as vendas de novembro e dezembro, a entidade já considera o aumento devido ao período favorável que se aproxima.

"Historicamente nós temos no setor um acréscimo nesses períodos de final de ano, justamente porque temos um incremento do próprio mercado em razão das festas e do 13º salário", afirmou Ricardo Trombini, presidente da ABPO.

Por ser usado em embalagens, as vendas de papelão ondulado são vistas como um termômetro do nível de atividade geral. A oscilação das vendas serve como indício das expectativas dos empresários, o que repercute no ritmo das encomendas e da produção do setor.

No acumulado de 2011 até outubro, segundo Trombini, as negociações de papelão ondulado apresentaram crescimento de 1,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Outubro é também o melhor mês de vendas do setor neste ano, com 284 mil toneladas.

"Novembro tem um dia útil a menos, o que causa um impacto importante na indústria de embalagens que fabrica todos os seus produtos sob encomenda. Mesmo assim, devemos manter neste mês o que foi registrado em outubro", avaliou Trombini.

CRISE

Como o mercado interno continua sendo o mais explorado pelo setor, o presidente da ABPO acredita que, apesar de as empresas se prepararem para um cenário de cautela, deverão superar sem grandes problemas os efeitos da crise na Europa.

"Se falarmos em crise europeia, ainda não tivemos impacto importante. É provável que no primeiro semestre do ano que vem haja alguma contaminação", afirmou o executivo. "Mas acredito que estamos preparados para passar por isso sem maiores problemas."

Para Trombini, o Brasil tem oferecido bons indicadores econômicos que permitem acreditar que o setor será menos afetado pela recessão.

"Existe emprego pleno, aumento de renda, inflação em desaceleração e crédito aparentemente igual ou melhor do que em posições anteriores. O mercado está sustentado", afirmou.

A concorrência internacional também não preocupa o presidente da ABPO.

"O câmbio já está nesse patamar há algum tempo e há uma convivência com esse tamanho de mercado. As empresas que absorveram os importados não vão mudar muito nesse espaço", disse.

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