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Vaivém - Mauro Zafalon

Suinocultura aposta fichas na China em 2012

Apesar dos problemas enfrentados pela suinocultura, o ano foi bom. Já em 2012, as apostas do setor serão na China, país que vem aumentando as importações.
A avaliação é de Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína).
Internamente, o setor teve aumento de custos, principalmente devido à elevação dos preços do milho. Externamente, não bastassem os efeitos adversos do câmbio, perdeu o principal importador, a Rússia, que impôs embargo à carne brasileira.
A avaliação de Marcelo Lopes, conselheiro da ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), é que 2012 será um bom ano.
Além do crescimento interno -principalmente com a maior demanda da classe C-, as exportações para novos mercados favorecem o preço recebido pelos produtores.
Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos no Estado do Rio Grande do Sul, diz que o Brasil saiu da dependência russa e buscou novos mercados.
A saída russa e o aumento de custos obrigaram o setor a uma gestão mais intensa. É nas crises que se busca novos caminhos, e a resposta está sendo a maior produtividade, com ganhos de dois quilos por carcaça de animal, diz Kerber.
Em um abate de 37 milhões de cabeças por ano, esses dois quilos podem aumentar em 74 mil toneladas a oferta de carne por ano, segundo o diretor-executivo do sindicato gaúcho.
Essa maior produtividade garante produto tanto para a expansão do mercado interno -que já atinge 15 quilos por ano por habitante- como para as exportações, que podem superar 520 mil toneladas neste ano.
Além da China e de Hong Kong, o setor acredita no aumento de vendas para Ucrânia e Argentina.
As vendas à Rússia continuam incertas e dependem das negociações entre os russos e o Ministério da Agricultura, segundo Camargo Neto.

Lá também Não são só os produtores brasileiros que encontram problemas para a comercialização da safra de trigo. Os europeus reclamam que os preços recebidos pelos agricultores não pagam os custos de produção.

Oferta maior Os baixos preços do trigo se devem à recomposição de estoques e à maior produção mundial, principalmente em países exportadores como Canadá e Austrália.

Ritmo menor O saldo comercial do agronegócio norte-americano deverá ser de US$ 26,5 bilhões no próximo ano. Se confirmadas, essas receitas ficam abaixo das previstas anteriormente, que eram de US$ 32 bilhões. Em 2011, ficaram em US$ 42,9 bilhões.

Quanto é Os novos números do Usda indicam exportações de US$ 132 bilhões e importações de US$ 105,5 bilhões. As estimativas das importações ficam estáveis, mas as de exportações recuam US$ 5 bilhões no período.

Menos com grãos A queda nas exportações dos EUA será menor porque o país deverá exportar menos milho, trigo e soja, segundo informações do Usda.

Mais com carnes Já as receitas com as vendas dos setores de carnes e de laticínios sobem para US$ 28 bilhões. O setor de avicultura lidera com vendas de US$ 5,5 bilhões no próximo ano.

DE OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES

Chicago
Soja
(US$ por bushel) 11,30

Milho
(US$ por bushel) 5,85

Mercado interno
Café
(R$ por saca) 495,50

Algodão
(R$ por arroba) 17,94

Com KARLA DOMINGUES

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