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Desempenho de livrarias supera expectativa nos EUA

Associação de livreiros registrou alta de 16% na semana de Ação de Graças

Resultado é atribuído à qualidade dos livros e ao fechamento da rede Borders; títulos caros também vendem bem

JULIE BOSMAN
DO “NEW YORK TIMES”

Diante do desânimo econômico e da concorrência de leitores eletrônicos baratos, as livrarias físicas dos EUA entraram na temporada de festas deste ano com expectativas bastante modestas.

Mas nas semanas iniciais das compras natalinas, um período de vendas altas para as livrarias, provaram-se surpreendentemente fortes para muitas lojas.

Elas atribuem seus resultados a uma seleção de títulos vibrante e ao fim da Borders, rede de livrarias que fechou neste ano.

Lojas integrantes da Associação Americana de Livreiros reportaram alta de 16% nas vendas da semana de Ação de Graças ante o mesmo período em 2010.

"O ano passado foi totalmente deprimente. Neste ano, as pessoas estão de alguma forma considerando os livros como um presente atraente", diz Roxanne Coady, dona da R. J. Julia Bookstore.

Lanora Hurley, da Chapter Bookshop, diz que a alta de 15% nas vendas está relacionada ao fechamento de uma Borders vizinha.

Os analistas preveem enormes vendas para os novos leitores eletrônicos e tablets da Barnes & Noble e da Amazon, nas próximas semanas, fator que leva muita gente da indústria a se preocupar com o futuro do varejo de livros.

O fechamento da Borders, a segunda maior cadeia norte-americana de livrarias, também deve prejudicar as vendas das editoras.

COEXISTÊNCIA

Mesmo assim, as livrarias e as editoras dizem esperar que continue a existir interesse suficiente por livros em papel para permitir a coexistência entre formatos.

Elas vêm observando de perto o desempenho dos livros em papel nesta temporada de festas, que até o momento não produziu um sucesso inesperado como o do longo "Autobiografia de Mark Twain", um best-seller que passou por seis reimpressões urgentes em novembro.

Ainda assim, Alguns títulos bem produzidos e caros se provaram sucessos inesperados. "Harry Potter Page to Screen", um livro de US$ 75, está na lista de best-sellers há semanas apesar do preço.

"Mountain", um livro de fotografias vendido a US$ 85, vem sendo procurado na King's English Bookshop, diz Anne Holman, a gerente da loja, acompanhado por "The Louvre", um deslumbrante livro de arte que mostra todos os quadros da coleção permanente do museu.

A loja registra vendas 8% mais altas que no ano passado. "Livros caros, de US$ 50 ou US$ 75, estão vendendo muito bem", diz Holman.

Numa livraria em Denver o "The Art Museum", de

US$ 200, foi um sucesso inesperado. "Não estamos vendo a resistência usual a preços altos", disse Cathy Langer, da Tattered Cover.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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