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Para governo, independência das matrizes cria 'blindagem' no país

SHEILA D’AMORIM
DE BRASÍLIA

Para o governo brasileiro, o fato de as subsidiárias de instituições estrangeiras que operam no Brasil serem totalmente independentes das matrizes cria uma certa "blindagem" do sistema bancário nacional contra as turbulências do mercado global.

Integrantes da equipe econômica, no entanto, admitem que a falta de linhas externas pode ser canal de contágio. Elas são muito usadas pelos bancos que estão instalados no país por serem mais baratas que as opções do Brasil.

Por enquanto, o radar do governo mostra que não há sinais de problemas mais graves e que o mercado está "se ajeitando". Com o encarecimento do crédito na Europa, bancos dos EUA e da Ásia estão suprindo a necessidade das instituições brasileiras.

A avaliação é que, depois da quebradeira generalizada nos EUA, com a crise de 2008, as operações com instituições financeiras norte-americanas tinham ficado muito mais caras e foram trocadas por europeias. Agora que os preços na Europa estão subindo, os EUA voltam a ficar atrativos.

Desde 2008, os bancos brasileiros reduziram a dependência de linhas externas. Do total captado pelas sistema bancário nacional, em novembro de 2008, 12,5% vinham do exterior. Esse percentual caiu para 8% no final do ano passado e neste ano está em pouco menos de 10%.

Para a equipe econômica, isso dá "um certo conforto". Os técnicos do governo reconhecem, porém, que os bancos estrangeiros instalados no país podem ter mais dificuldades neste momento.

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