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Receita faz 'apreensão histórica' em SC

Operação confiscou carga de 260 toneladas de produtos falsificados, avaliada em R$ 50 mi, no porto de Navegantes

Batizada de Barba Negra, ação apreendeu de camisas de marcas esportivas e grifes de luxo a lentes de contato

JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO

A Receita Federal apreendeu ontem, no porto de Navegantes (SC), cerca de 260 toneladas de produtos falsificados distribuídos em 13 contêineres. Segundo a Receita, a apreensão é considerada a maior já feita pelo órgão em uma única operação. A carga foi avaliada em cerca de R$ 50 milhões.

Entre os produtos falsificados, estavam óculos, tênis, relógios e bolsas. Os fiscais encontraram camisas falsas das marcas esportivas Puma, Adidas, Nike e de grifes de luxo como Chanel, Armani e Louis Vuitton. Havia até mesmo produtos falsificados da marca brasileira Mormaii.

Só a carga de óculos foi avaliada em R$ 4 milhões, segundo a Receita. A maioria eram falsificações da marca americana Ray Ban.

Entre os produtos apreendidos também foram encontradas 20 mil unidades de lentes de contato falsificadas. Algumas estavam em mau estado e aparentavam estar contaminadas, segundo a alfândega do porto de Itajaí, responsável pela operação.

Toda a mercadoria havia sido importada da China e seria distribuída em lojas de Estados das regiões Sul e Sudeste, segundo informou a Receita. As duas empresas que realizaram as importações estão sediadas em São Paulo, mas não tiveram os nomes divulgados pela Receita por causa do sigilo fiscal.

Ainda de acordo com a Receita, a carga foi descoberta por meio de um cruzamento de informações, que incluíam o porto de origem da carga, a quantidade de produtos e o valor declarado. Quando analisadas em conjunto, as informações chamaram a atenção da Receita, que passou a monitorar a carga.

O primeiro contêiner chegou no início do mês de dezembro; o último, na manhã de ontem. Ao analisarem a carga do conjunto, os fiscais da alfândega encontraram todos os produtos falsificados. A operação foi batizada de Barba Negra, referência ao apelido do pirata inglês Edward Teach (1680-1718).

Segundo a Receita, após a análise de toda a carga e a abertura de um processo, as mercadorias falsificadas serão destruídas.

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