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Brasileiro pode investir, mas risco é alto

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Por se tratarem de empresas legalizadas nos Estados Unidos e estarem listadas nas Bolsas americanas, abertas a investidores de qualquer parte do mundo, as ações ligadas à maconha são acessíveis aos brasileiros. Essa opção, no entanto, carrega um risco considerável e custo elevado, dizem especialistas.

O processo é idêntico ao de quem vai aplicar em qualquer outro papel nos EUA e exige alguns trâmites burocráticos, começando pela abertura de conta em uma corretora de valores naquele país.

Para isso, o investidor precisa ter passaporte válido, comprovar renda e preencher uma série de formulários cadastrais, como o "Form W-8", em que afirma ser não residente nos EUA e, portanto, não recolhe imposto lá.

"O mais caro da operação é a transferência de valores de uma conta no Brasil para a conta de uma corretora no exterior. Essas transações cobram taxas altas e, portanto, acabam não compensando para quem possui um volume limitado de recursos, como R$ 5.000 ou R$ 10 mil", diz Adriano Cantreva, responsável pela corretora do Grupo XP nos EUA.

Assim como na Bolsa brasileira, os negócios realizados nos mercados americanos também estão sujeitos a taxas de corretagem, que variam em cada instituição, e a emolumentos, que são uma espécie de taxa paga às Bolsas pelo serviço prestado.

"Também é preciso considerar que os investimentos feitos no exterior têm que ser declarados à Receita Federal no ajuste anual de Imposto de Renda e o aplicador deve recolher os impostos sobre eventual ganho de capital [quando há lucro pela venda de um bem ou direito]", acrescenta Cantreva.

RISCO

Boa parte das ações ligadas à maconha é negociada em mercado de balcão --plataforma de negociação de ativos com menores exigências aos participantes e, por isso, normalmente, composta por empresas menores.

"É um risco adicional ao investidor, já que esse mercado é caracterizado pela liquidez reduzida, ou seja, tem baixo volume de negócios. Isso dificulta a compra e a venda de papéis no momento em que o investidor considera adequado", afirma André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

O investidor deve procurar auxílio de especialistas na escolha dos papéis, principalmente porque algumas das empresas não são fiscalizadas pela SEC, que regula o mercado de capitais nos EUA.

Nesse caso, o investidor não terá a quem recorrer caso se sinta prejudicado.

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que regula o mercado de capitais no Brasil, não poderá ajudar, já que a aplicação foi realizada sob as regras de outro país.


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