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País deve enfrentar 2 anos difíceis no abastecimento

DE WASHINGTON

O Brasil ainda deve enfrentar dois anos difíceis no abastecimento de álcool, mas a queda das barreiras norte-americanas ao etanol do país deve funcionar como incentivo ao maior investimento na produção brasileira.

"Se entendermos que esse movimento lá fora é o início de uma consolidação de um mercado global, isso pode servir como incentivo", disse à Folha Marcos Jank.

Para o presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a prioridade da indústria de etanol no Brasil é crescer. "Dobrar até 2020 e, no curto prazo, tratar do abastecimento doméstico."

A Unica defende a construção de 130 usinas, que se somariam às atuais 430, e podem, diz Jank, ter a capacidade ampliada. Em seguida, é preciso investir em logística.

Desde 2007 com um escritório em Washington para fazer lobby pelo álcool brasileiro, a Unica reconhece o peso do quadro econômico para não prorrogar os subsídios.

Com a crise ficou muito difícil justificá-los, disse à Folha Leticia Phillips, lobista brasileira nos EUA.

Embora subsídios ao álcool e a tarifa estejam atrelados por lei, a Unica temia que os congressistas norte-americanos criassem um mecanismo para manter somente a segunda -o que não ocorreu.

Uma vez expirada a lei, será virtualmente impossível, no atual ambiente econômico, reerguer as barreiras.

O presidente Barack Obama tem uma agenda de diversificação energética e já se pronunciou contra o mecanismo. O número de deputados e senadores contrários à medida também cresceu.

"Os biocombustíveis vão deixar de ser um mercado puramente nacional, onde domina a política agrícola local, e não uma visão energética ou climática", disse Philips.

"Pela primeira vez, vão competir matérias-primas e vencer a mais eficiente."

Cana? "Hoje é cana, para a frente pode ser a celulose."

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