Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Foco

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Javaporco destrói plantações e vira praga no interior de SP

KAIO ESTEVES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,EM ARAÇATUBA (SP)

Agricultores do interior paulista têm recorrido a cercas elétricas para evitar ataques de javaporcos, nome dado ao animal nascido do cruzamento entre o javali selvagem e o porco caipira.

Os animais atuam em bandos e dão prejuízos aos produtores -um deles chegou a perder um quinto dos 500 hectares de milho. Um estudioso calcula em cem os focos dos bichos pelo interior.

Nas regiões de Araçatuba, São José do Rio Preto e Bauru, pelo menos 70 plantações foram atacadas nos últimos 12 meses, segundo o engenheiro florestal Ernesto Sawaeda, que estuda o javaporco nessas regiões desde 1998.

Produtor de Braúna, próximo a Araçatuba, Fabrício Carlos Moretto, 28, é um dos que tiveram prejuízo com o animal. Ele calcula que já tenha perdido 20% do que investiu.

Moretto vai começar uma plantação de mandioca de 30 alqueires e usará cercas elétricas. "É o único jeito. É um problema para a maioria dos agricultores daqui", afirmou. Os ataques afetam também produções de cana-de-açúcar, batata e batata doce.

Segundo Sawaeda, javalis selvagens foram soltos em meados da década de 1990 na região de Guararapes, perto de Araçatuba. Acabaram encontrando porcas caipiras, cruzaram com elas e originaram o mutante javaporco, que se espalhou pelo interior.

O engenheiro diz ter registros do bicho até na mata atlântica. "Hoje, a situação está incontrolável", disse.

De acordo com o engenheiro, há relatos de dois cortadores de cana atacados pelo animal em Bilac, na região de Birigui. "Um deles teve parte da perna decepada", disse.

A caça controlada do javaporco foi autorizada pelo Ibama em 2013. Porém, o instituto exige que o caçador faça um cadastro e, se for usar armas, protocole declaração em uma deu suas unidades.

Para Sawaeda, a medida não é suficiente. "Os animais andam em bandos de mais de 30, como vão caçá-los de forma controlada?"


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página