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Bússola

Viajo aos EUA em janeiro. Qual a melhor forma para os pagamentos?

J.C., de São Paulo

RESPOSTA DE RAFAEL PASCHOARELLI, PROFESSOR DE FINANÇAS DA FEA/USP

Se essa pergunta tivesse sido feita há um ano, diria que a melhor forma de compra é o cartão de crédito, pela sua grande praticidade.

Ocorre que, em março de 2011, o governo federal anunciou o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para compra no exterior com cartão de crédito, de 2,38% para 6,38%, tornando mais cara a alternativa mais prática.

Na compra de dólar em espécie e no cartão pré-pago, a alíquota é de 0,38%. Assim, a diferença é muito grande.

Para ter uma ideia, numa compra de R$ 1.000, o IOF cobrado no cartão de crédito fica em R$ 63,80, enquanto no pré-pago ou no cartão de débito seria de R$ 3,80.

Em virtude desse aumento, acredito que a combinação de opções (excluindo o cartão de crédito) seja a melhor saída.

A ideia é focar em cartão pré-pago, cartão de débito e dólares em espécie, de modo a fugir da altíssima cobrança de IOF no cartão de crédito quando as compras são feitas no exterior.

Outra vantagem do cartão de débito ou pré-pago é o fato de você ficar mais protegido contra uma eventual subida abrupta do dólar.

Isso ocorre porque, nessas alternativas, você já sabe a cotação do dólar no momento de carregar o cartão ou efetuar a compra com o débito -ao passo que, quando você faz uma compra no exterior usando o cartão de crédito, saberá a cotação do dólar muito tempo depois da compra, aumentando o risco de elevação do câmbio, o que torna a sua fatura do cartão uma conta explosiva.

TENDÊNCIA DO DÓLAR

Quanto à tendência do dólar, tenho duas certezas.

A primeira é que ela vai continuar oscilando. A segunda certeza é que as pessoas que afirmam que o dólar vai subir/cair nas próximas semanas não sabem o que falam.

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