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Bovespa mantém negócios apesar da crise

Má fase afastou 27,7 mil investidores e encolheu em R$ 270 bi o valor das empresas

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

A BM&FBovespa conseguiu manter o ritmo de negócios crescentes no ano passado apesar do mau humor generalizado e da crise que derrubou em 18,11% o Ibovespa, principal termômetro das transações de ações no país.

A má fase do mercado afastou 27.713 investidores pessoa física do mercado de ações, fazendo a Bolsa adiar de 2015 para 2018 a meta de atingir 5 milhões de pessoas.

No final de 2011, a Bolsa tinha 583,2 mil pequenos investidores, que participavam de 21,4% dos negócios; em 2010, respondiam por 26,41%.

TECNOLOGIA

Diante do quadro instável, a Bolsa apostou em novidades tecnológicas como as transações de alta frequência, feitas por supercomputadores pré-programados para identificar possibilidades mínimas de ganhos, nos negócios com fundos de índices (conhecidos como ETFs) e no aluguel de ações -matéria-prima de operações que permitem apostar na queda dos papéis (venda a descoberto).

Em 2011, o aluguel de ações movimentou o recorde histórico de R$ 732,75 bilhões, valor 57,4% superior aos R$ 465,6 bilhões do ano anterior.

Os negócios com ETFs dobraram -saltaram de R$ 6,99 bilhões para R$ 12,11 bilhões. O destaque foi para o fundo Bova11, ETF que segue o desempenho do Ibovespa, que passou a figurar entre os 20 papéis mais negociados.

Em 2011, o volume total de negócios com ações atingiu a marca de R$ 1,61 trilhão, superando o R$ 1,60 trilhão de 2010 -média diária de R$ 6,49 bilhões, pouco acima dos R$ 6,48 bilhões de 2010.

O crescimento dos negócios contrasta com o encolhimento do valor de mercado das 373 empresas da Bolsa, que caiu R$ 270 bilhões em 2011 -passou de R$ 2,56 trilhões para R$ 2,29 trilhões.

ESTRANGEIROS

Apesar da crise, os investidores estrangeiros não só continuaram presentes na Bolsa brasileira como elevaram sua participação nos negócios de 29,6% para 34,7%. O saldo de aplicações, porém, terminou negativo em R$ 1,352 bilhão.

Os negócios com fundos imobiliários quase triplicaram; movimentaram R$ 912,5 milhões em 2011, após girar R$ 379,1 milhões em 2010.

Os negócios com commodities e derivativos financeiros (juros, dólar, euro etc.), vindos da antiga BM&F, também tiveram crescimento significativo em 2011: saltaram da posição de R$ 42,51 trilhões para R$ 46,50 trilhões.

Aplicação de maior ganho em 2011 (alta de 15,9%), o ouro viu triplicar os negócios, que passaram de R$ 179 milhões para R$ 509,8 milhões.

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