Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Brasil melhora em índice de liberdade

Avanço foi de 1,6 ponto em relação a 2011 no ranking Índice de Liberdade Econômica, da Heritage Foundation

País, no entanto, ainda está na categoria 'majoritariamente não livre' e fica aquém da média do planeta

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

O Brasil melhorou ligeiramente sua performance em um ano no qual a performance mundial caiu. Mas continua sendo considerado um país "majoritariamente não livre" e fica aquém da média do planeta no Índice de Liberdade Econômica.

Esse índice é calculado anualmente pelo centro de estudos conservador Heritage Foundation.

No ranking, feito em colaboração com o "Wall Street Journal", o país é o 99º de 179, com 57,9 pontos -1,6 ponto melhor do que em 2011, mas 1,6 ponto a menos que a média global.

O índice, que está em sua 18ª edição, é calculado a partir de dez quesitos avaliados com notas pelos especialistas da entidade pró-liberalismo econômico, divididos em quatro categorias: Estado de Direito; limites do governo; eficiência regulatória; abertura de mercados.

Em 2012, Hong Kong encabeça o ranking como o lugar com maior liberdade econômica, com 89,9 pontos, seguido por Cingapura (87,5) e Austrália (83,1). O o pior posto coube à Coreia do Norte (1 ponto), precedida por Zimbábue (26,3) e Cuba (28,3).

Seguindo uma tendência regional, o Brasil melhorou sua pontuação em gastos do governo e liberdade fiscal (incluídos em limites do governo), além de ter avançado em liberdades trabalhistas (dentro de eficiência regulatória) e liberdade financeira (em abertura de mercados).

Manteve-se igual no que toca à liberdade de investimento e ao Estado de Direito: liberdade de propriedade e combate à corrupção -este último, o item em que o país se sai pior, com só 37 pontos.

E piorou na liberdade para negócios, liberdade monetária e liberdade comercial, embora esses dois últimos itens sejam aqueles em que o país sobressai, com, respectivamente, 75,8 e 69,7 pontos.

Números acima de 80 indicam países "livres"; de 70 a 80, "majoritariamente livres"; de 60 a 70, "moderadamente livres"; de 50 a 60, "majoritariamente não livres" e, abaixo de 50, "reprimidos". No ranking de 2012, há apenas 5 países na primeira categoria; 23 na segunda; 62 na terceira e 89 abaixo da nota de corte.

CORRUPÇÃO

"A presença do Estado em muitas áreas ainda é considerável, inibindo o desenvolvimento de um vibrante setor privado", diz o texto do ranking sobre o Brasil.

"A eficiência e a qualidade dos serviços do governo continuam inadequadas, sobretudo por causa da má administração financeira pública. E, comparado a outras economias emergentes, o ritmo geral da reforma regulatória no Brasil se desacelerou."

O país ficou, porém, à frente dos demais que compõem os Brics -Rússia (144), Índia (123) e China (138).

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.