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É impossível driblar regras, diz maior empresário local

DA ENVIADA A USHUAIA

O empresário Rubén Cherñajovsky, 61, criador e presidente da Newsan, maior indústria da Terra do Fogo, nega que as empresas locais sejam meras montadoras de produtos chineses.

"Nosso esforço é integrar cada vez mais produto local, e temos dentro das fábricas representantes de sindicatos, funcionários da aduana, seria impossível driblar as regras", disse à Folha.

Cherñajovsky, que no passado trabalhou com importações, hoje é um defensor entusiasmado das políticas protecionistas do governo.

"Estamos desenvolvendo expertise e mão de obra para produzir cada vez mais coisas aqui, comprando menos da Ásia. O incentivo do governo está mudando a região e a indústria local", diz.

Sua empresa acaba de inaugurar a quinta unidade em Ushuaia, um investimento de US$ 65 milhões, nos galpões da antiga Aurora, que fabricava a marca Grundig e que quebrou nos anos 90. A presidente Cristina Kirchner compareceu à inauguração, no fim do ano passado.

No total, as cinco unidades da Newsan produzem 5,5 milhões de produtos por ano e empregam cerca de 3.200 funcionários.

SALÁRIO EM DOBRO

A maioria dos empregados das indústrias de Ushuaia e Rio Grande é muito jovem e trabalha meio período. Muitos vêm de outras regiões do país, atraídos pelos salários, que são quase o dobro na ilha, também por conta dos incentivos federais.

A presença das fábricas alterou a sociedade fueguina. "Antes éramos poucos e todos daqui. Agora há turistas da Ásia, de Israel, da Europa, e jovens do Chaco, de Formosa, de Buenos Aires. Ushuaia virou uma cidade do mundo, e isso é muito bom", diz Marco Rubén, 64, taxista local.

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