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Sesc do Rio sofre intervenção e dirigente é afastado

Há suspeita de irregularidade em convênios de patrocínio; presidente afastado nega

DO RIO

A representação do Sesc (Serviço Social do Comércio) no Rio está sob intervenção, sob suspeita de irregularidades em convênios de patrocínio de eventos.

O presidente do Conselho Regional do Sesc-RJ, Orlando Diniz, e o diretor regional, Luiz Oddone, foram afastados. Por quatro meses, a regional será comandada por Maron Emile Abi-Abib, que analisará as contas.

Auditoria feita pelo conselho fiscal da direção nacional da entidade, revelada na semana passada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", identificou suspeitas de superfaturamento e desvio de finalidade nos convênios e patrocínios firmados pela regional.

Oito contratos foram questionados, entre eles o de eventos como o Rio Fashion Business, o festival de música Rio Noites Cariocas e o espetáculo teatral "Hair". Na análise dos auditores, houve "transferência de recursos da entidade para terceiros".

"Esses eventos não indicam, em nenhuma de suas cláusulas, ações que possam contribuir diretamente para a melhoria do bem-estar da coletividade e dos comerciários", diz o relatório.

OUTRO LADO

Diniz afirmou que todos os contratos assinados seguem diretrizes nacionais do Sesc, visando a divulgação e a promoção institucional. Ele disse considerar uma "afronta" a destituição da diretoria regional antes da conclusão das investigações.

"Houve três auditorias no Rio e em nenhum momento nenhum funcionário dificultou o trabalho dos auditores. Para fazer uma auditoria, precisa fazer uma avocação [intervenção], afrontar a empresa e desqualificar os empregados e técnicos?"

Segundo Diniz, eventos como o Rio Noite Cariocas e o Rio Fashion Business foram patrocinados em anos anteriores, sem questionamentos.

O Sesc é mantido por contribuições de empresários do comércio de bens e serviços. Mas também tem convênios com órgãos federais, principalmente os ministérios do Trabalho e da Previdência.

Procurada, a direção nacional do Sesc afirmou que só se manifestaria após a conclusão das investigações, prevista para maio.

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