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Fabricante do BlackBerry troca seu primeiro escalão Com poucos aplicativos e sem inovar, RIM perde mercado em smartphones Nomeação de Thorsten Heins como novo presidente-executivo não tem boa aceitação, e ações recuam 7% CAMILA FUSCODE SÃO PAULO A canadense Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, anunciou ontem seu novo presidente-executivo, em mais um movimento para conter a crise de confiança sobre seus negócios. Thorsten Heins, que trabalha na RIM há quatro anos, foi escolhido para substituir os fundadores Mike Lazardis e Jim Balsillie, criticados por não reagirem à concorrência. Segundo a consultoria IDC, a RIM encolheu sua fatia no mercado de smartphones de 15% para 10% no terceiro trimestre de 2011. A nomeação de Heins não repercutiu bem, e as ações da RIM chegaram a cair 7% ontem. Parte dos analistas acredita que a empresa precisava de executivos do mercado para fazer os negócios reagir. Um dos principais problemas da RIM é não ter um ecossistema consistente de aplicativos, como o Android Market, do Google, ou a App Store, da Apple, capazes de satisfazer tanto usuários corporativos quanto consumidores finais com seus aparelhos. A RIM vive hoje um paradoxo, na avaliação de Fernando Belfort, analista da consultoria Frost & Sullivan. "Os resultados financeiros são bons. O drama é que a empresa precisa provar ao mercado todos os dias sua capacidade de inovação", diz. A empresa tem US$ 1,5 bilhão em caixa e não tem dívidas, situação diferente da Kodak, que pediu concordata na semana passada, ou mesmo da Palm, adquirida pela HP. No Brasil, a RIM é a segunda empresa que mais vende smartphones, atrás da Nokia e à frente de Samsung e Apple, segundo a Frost. Sobre o futuro, é praticamente consenso entre os analistas que a fabricante do BlackBerry precisará de fôlego adicional para reinventar seus produtos, o que poderá vir a partir de parcerias ou mesmo de uma aquisição. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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