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Inadimplência de veículos acelera em 2011

Taxa chegou a 5% em dezembro, maior patamar registrado desde agosto de 2009

TATIANA RESENDE
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE SÃO PAULO

A taxa de inadimplência de veículos superior a 90 dias alcançou 5% da carteira de crédito para pessoa física em dezembro no país. O percentual é o dobro do registrado no mesmo mês de 2010 e o mais alto desde agosto de 2009.

Para Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), entre os motivos estão a perda de poder de compra do consumidor, corroído pela inflação, e a falta de informação de quem está comprando o primeiro carro.

"O veículo acarreta outras despesas além da prestação mensal, como IPVA, combustível e manutenção", disse.

Na opinião de Ayrton Fontes, consultor em varejo automotivo, o indicador deve aumentar mais neste ano, refletindo empréstimos feitos em 2009 e 2010. "Os bancos agora estão mais reticentes [na concessão de crédito]."

Segundo o economista, já há restrições no financiamento para autônomos e, mesmo para os que têm carteira assinada, as instituições financeiras estão priorizando quem tem mais de três anos no mesmo emprego.

Na região da Grande São Paulo, afirma, somente 3 em cada 10 pedidos de empréstimos são aprovados.

A taxa de juros também subiu, de 1,89% ao mês para 1,96% no período. Mas, para Carbonari, deve cair por causa dos cortes na taxa básica de juros Selic.

Os financiamentos via CDC (Crédito Direto ao Consumidor) somaram R$ 172,9 bilhões, alta de 23,2% no ano. As vendas à vista foram 38% do total. O leasing, 5%.

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