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Acionistas da tele Oi aprovam reestruturação da operadora

Redução da base acionária deve gerar economia de R$ 100 milhões ao ano

Com uma estrutura de capital mais simples, expectativa é atrair mais investimentos; mercado reage bem

Anna Carolina Negri - 21.mai.09/"Valor"/Folhapress
Francisco Valim, presidente da Oi; tele terá 2 tipos de ação
Francisco Valim, presidente da Oi; tele terá 2 tipos de ação

DENISE LUNA
DO RIO

Assembleias realizadas ontem no Rio colocaram um fim à complicada estrutura acionária da Oi na Bolsa, abrindo caminho para a empresa de telefonia atrair mais investidores e reduzir custos.

Antes formada por três companhias abertas e negociada no mercado por meio de sete diferentes tipos de ação, a "nova" Oi passará a ter apenas dois papéis a partir de 9 de abril: ordinários (OIBR3, com direito a voto) e preferenciais (OIBR4).

"Estamos ampliando investimentos e a nova estrutura fortalece isso", disse, em teleconferência, o presidente da Oi, Francisco Valim, que assumiu o cargo em agosto.

Depois de três tentativas frustradas nos últimos anos, essa reestruturação da Oi foi proposta em maio de 2011, antes da chegada de Valim.

Com a aprovação das assembleias, a Telemar Norte Leste (TMAR) e a Tele Norte Leste Participações (TNL) serão incorporadas pela Brasil Telecom S.A., rebatizada de Oi. A nova empresa nasce com capital de R$ 6,8 bilhões.

"Com uma estrutura de capital mais simples, vamos ter redução de custos, atrair investimentos e acessar o mercado de capitais, que até então era restrito", disse Valim.

Somente com sinergias operacionais a estimativa é de uma economia de R$ 100 milhões por ano.

Os investimentos para 2012 e uma nova política para o pagamento de dividendos -há muito reivindicada pelos acionistas- serão divulgados no começo de abril, quando está prevista a conclusão da reestruturação da empresa.

EFEITO POSITIVO

Para o analista Alex Pardellas, da corretora Banif, o processo é positivo para a companhia e para os acionistas, principalmente pelo aumento da liquidez que a operação concede às ações e pela redução do risco da governança da companhia.

"Investidores que nem queriam olhar para Oi agora a colocarão no radar. O aumento de liquidez, que será relevante, pode futuramente aumentar o peso do papel no Ibovespa", diz Pardellas.

A aprovação da reestruturação colocou ontem alguns papéis da Oi entre as principais altas do Ibovespa.

MINORITÁRIOS

Acionistas que detinham os papéis da antiga estrutura até 23 de maio de 2011 e não quiserem ficar com os papéis da nova Oi terão até 29 de março para revendê-los à própria Oi, que já separou R$ 3,5 bilhões para essa operação.

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