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Torre mais alta do mundo será nova atração de Tóquio

Previsão é que cerca de 5,4 milhões de pessoas visitem o complexo por ano

Conjunto terá prédio de escritórios de 31 andares, shopping, estação de trem, aquário e planetário

Paula Leite/Folhapress
Torre Tokyo Sky Tree, que será aberta ao público em maio
Torre Tokyo Sky Tree, que será aberta ao público em maio

PAULA LEITE
ENVIADA ESPECIAL A TÓQUIO

Perto do bairro de Asakusa, conhecido por seus templos budistas e xintoístas e casas e prédios tradicionais, Tóquio vai ganhar um toque futurista: a Tokyo Sky Tree, de 634 metros de altura.

O prédio, uma antena de TV e rádio digital, é a resposta do Japão à Canton Tower, de Guangzhou (China), que tem 600 metros de altura e foi inaugurada em 2010.

A Sky Tree ficou pronta no dia 29 de fevereiro, mas só abre ao público em maio.

O projeto não se limita à torre: num terreno de quase 37 mil metros quadrados, que era um pátio de trens de carga, haverá, além da torre, um prédio de escritórios de 31 andares, shoppings, estação de trem, aquário e planetário, somando 230 mil metros quadrados de área construída -para comparar, o MorumbiShopping (São Paulo) tem quase 206 mil metros quadrados de área construída.

A torre em si foi feita para ser uma atração turística além de transmitir ondas de TV e rádio. Há dois observatórios, um a 350 metros e outro a 450 metros, além de lojinha e restaurante.

A previsão é que cerca de 5,4 milhões de pessoas visitem o complexo por ano, revitalizando o bairro de Oshiage, que atualmente não é um destino importante de turistas em Tóquio.

O projeto começou a ser discutido no fim de 2003 e a construção começou em 2008. O dono do complexo é um consórcio formado pela empresa de ferrovias Tobu Railway e por seis empresas de radiodifusão, entre elas a estatal NHK.

Como todos os prédios modernos de Tóquio, a torre tem design antiterremoto -o pilar central é conectado à estrutura externa por braços com absorção de choque, para que todo o conjunto vibre sem cair no caso de sismos.

O complexo também tem geração independente de energia para aquecimento e refrigeração, que combina o uso de gás natural e o de energia geotermal.

Isso significa que os prédios não dependem da rede externa de eletricidade para calefação, ar-condicionado e água quente nas torneiras.

A água é armazenada em canos que foram enterrados a até 120 metros de profundidade, embaixo do complexo. Como nessas profundidades a temperatura é constante o ano todo, usa-se menos energia para esquentá-la no inverno e refrigerá-la no verão.

A independência energética do complexo também é importante porque ele pode servir de refúgio em caso de um desastre, como um terremoto, que interfira com a rede externa de eletricidade.

No terremoto de 11 de março de 2011, outros prédios de Tóquio que têm sistemas semelhantes abrigaram pessoas que não conseguiram ir para suas casas.

A jornalista PAULA LEITE viajou a convite do governo japonês

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