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Análise

Redução do 'spread' bancário é chance de transferir recursos para outras áreas

FELIPE GARRÁN
ESPECIAL PARA A FOLHA

A economia começa a dar sinais de que o fôlego de crescimento já não é mais o mesmo. Experimentamos também o efeito positivo que o crédito pode causar na expansão da atividade.

É um momento para lá de oportuno para finalmente injetar mais crédito na economia, desta vez indo direto ao "spread" bancário e tentando transferir alguma da excepcional rentabilidade do setor bancário para outros segmentos da sociedade.

O ministro Mantega tem sido enfático na capacidade que os bancos privados têm de reduzir o "spread" mexendo só na sua rentabilidade.

Parece ter razão, à luz da análise de rentabilidade dos bancos brasileiros comparada às do resto do mundo. Os bancos, por outro lado, cobram uma alteração nas normas de depósito compulsório e tributação.

Essa queda de "spread" é esperada desde a entrada de bancos estrangeiros como HSBC e Santander no mercado brasileiro. Esperava-se que uma maior competitividade reduziria o lucro do setor, tornando o crédito mais barato aos clientes.

Agora a situação parece distinta. Temos um governo que tem demonstrado firmeza ao utilizar os grandes bancos estatais para forçar o setor privado a acompanhar o movimento de redução das taxas. E a mudança de alvo é clara: deixa a Selic de lado e ataca o "spread" bancário!

FELIPE GARRÁN é coordenador do MBA Banking de e cursos de pós-graduação da FIA.

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