Índice geral Mercado
Mercado
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Entidade do setor de adubo contesta estudo de MT

A produtividade das lavouras de grãos subiu 11,3% em Mato Grosso nos últimos nove anos, taxa superior aos 8,6% da média nacional.

Tomando somente a safra 2011/12, que está se encerrando, o crescimento da produtividade foi de 2,9% nas lavouras mato-grossenses em relação a 2010/11, ante baixa de 6,7% na média nacional. A queda nacional ocorreu, principalmente, devido à seca na região Sul.

Os dados são da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (AMA Brasil), tomando como base as informações da Conab.

Carlos Eduardo Lustosa Florence, diretor-executivo da entidade, diz que esse aumento de produtividade só ocorre devido à utilização de novas tecnologias e de insumos de qualidade, inclusive o adubo.

Segundo o diretor da Ama, essas novas tecnologias e insumos de melhor qualidade permitiram o aumento da produção do Estado para 35,9 milhões de toneladas de grãos, ante 18,4 milhões há nove anos. Apenas o aumento de área, que foi de 74,5% no período, não justifica essa evolução de produção, segundo ele.

A demanda por adubo cresceu 48,3% no período e continua crescendo. Nos três primeiros meses deste ano, a Anda (associação dos produtores) já distribuiu 15% mais adubo do que em igual período do ano passado, segundo o diretor-executivo da Ama.

Com esses dados em mãos, Florence quer contestar estudo recente da Aprosoja, divulgado pela Folha, que indica que 43% do adubo entregue e utilizado na safra de Mato Grosso que se encerra estava fora de padrão.

Os dados do estudo, inclusive, não espelham o controle feito pelo próprio Ministério da Agricultura, diz ele.

Consultada, a Aprosoja diz que mantém as informações do estudo.

Além disso, afirma que o aumento de produtividade não pode ser atribuído à melhor qualidade do adubo, já que o produtor vem aumentando a quantidade utilizada por hectare.

-

Mais queda A arroba de boi gordo recuou para R$ 95 no noroeste de São Paulo, 2,1% menos do que há uma semana. O mercado continua "travado", mostra a Informa Economics FNP.

Pressão As recentes altas do álcool nas usinas, e consequentes repasses pelos postos, provocaram elevação de 2,6% nos preços para os consumidores paulistanos nos últimos 30 dias, segundo apuração da Fipe.

Recuo As vendas da Syngenta alcançaram US$ 4,3 bilhões no primeiro trimestre, com evolução de 7% ante igual período de 2011. A América Latina participou com US$ 497 milhões, 4% abaixo de 2011.

Líder Já nas vendas de sementes, a América Latina obteve crescimento de 43% sobre 2011. Esse percentual é bem superior à média mundial de 11% conseguida pela empresa. O valor total das vendas de sementes feitas pela Syngenta foi de US$ 1,23 bilhão.

-

Trigo tem negociação histórica

Na safra 2011/12, o setor de trigo tem o maior volume de comercialização mundial da história. São 143,1 milhões de toneladas que entrarão pelos portos de países importadores.

Esse volume supera o de 2008/9, até então o maior, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda).

A demanda por trigo foi forte nesta safra, impulsionada pela alta de renda em vários países, principalmente nos emergentes.

A forte demanda por derivados de carne e, em consequência, por grãos deu sustentação também para os preços do trigo, principalmente ao produto de qualidade.

A produção mundial do cereal deverá ficar em 694 milhões de toneladas em 2011/12. Os estoques finais caem para 206,3 milhões de toneladas, 3,3 milhões menos do que o previsto.

-

Com KARLA DOMINGUES

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.