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Internet já é maior canal de transações bancárias

Mais conveniente, internet banking transforma agências em consultoria

Acesso a banco via smartphones e tablets deve atingir, ao menos, 40 milhões de contas em 2017, estima a Febraban

HELTON SIMÕES GOMES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Opção em quase 25% das transações bancárias, o internet banking se tornou o principal canal para os bancos, segundo pesquisa divulgada ontem pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O meio passou até os lançamentos efetuados automaticamente por sistema (cobranças de taxas e impostos).

"Hoje, o cliente usa o canal que quiser, quando quiser", diz Gustavo Roxo, vice-presidente da consultoria Booz & Company. A conveniência e o aumento do uso da internet puxaram a virada.

Como consequência pela mudança na preferência do consumidor, diminuiu a procura por alguns serviços feitos somente em agências, como a compensação de cheques, que caiu 10% em 2011.

O gosto do brasileiro pela internet não ocorreu por falta de investimento na abertura de locais de atendimento. Em 2011, o número de agências cresceu 7,5%, chegando a 21,3 mil no Brasil.

Isso elevou a densidade de agências para níveis de países desenvolvidos. São 9 a cada 10 mil habitantes -na União Europeia, é de 9,9; nos EUA, de 13,8.

"As agências focarão o relacionamento com os clientes e atuarão como consultoria para produtos mais complexos, como crédito imobiliário, previdência e fundos de investimento", afirma Luís Antônio Rodrigues, diretor de tecnologia e automação bancária da Febraban.

A internet acabou de se tornar o principal canal e a Febraban já projeta uma nova mudança. O "mobile" banking deve se difundir conforme a venda de smartphones, que crescerá 73%, segundo estimativa da consultoria em tecnologia IDC.

Hoje, somente 3% das contas-correntes acessam serviços bancários por tablets e smartphones. Mas, nos próximos cinco anos, o número deve quase se igualar ao internet banking. Em 2017, serão 60 milhões de contas no internet banking e 40 milhões no "mobile" -se houver maior convergência digital, serão 50 milhões.

Usado para pagamentos e consultas a saldo, o "mobile" não intensifica a bancarização (entrada de clientes no sistema bancário), diz Roxo.

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