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Graça Foster admite aumento da gasolina se barril bater US$ 130

Presidente da Petrobras diz que isso determinaria alta do preço

DE BRASÍLIA

A elevação do preço do barril de petróleo pode pressionar a Petrobras a aumentar a gasolina. Ontem, a presidente da estatal, Graça Foster, admitiu que, caso a cotação do barril chegue a US$ 130, ficará insustentável manter os preços nas bombas.

"Esse valor tão alto é muito ruim para o desenvolvimento das economias. Porque é inexorável, é impossível (...) que a gente não repasse para o preço futuros patamares, caso esse Brent [tipo de petróleo que é referência de preço para a estatal] caminhe nas proporções apresentadas por alguns previsores."

Ontem, o Brent fechou a US$ 119,12 em Londres.

Graça Foster destacou que não há um limite de preços e que o reajuste da gasolina não depende apenas da cotação do barril, mas de outros fatores, como câmbio e volume de produção.

Segundo ela, a Petrobras espera para 2012 um preço médio do barril de US$ 119. O preço médio em 2011 foi de US$ 111. Em 2010, de US$ 80.

A Petrobras, que fornece cerca de 98% da gasolina consumida no país, até o momento não repassou a alta do petróleo ao preço do combustível. "Não chegamos a um ponto de estrangulamento."

O não repasse não tem minimizado a capacidade de investimento da Petrobras, afirmou a presidente da estatal.

Foster esteve ontem em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília. Durante a apresentação, defendeu o etanol como saída para a alta e a escassez da gasolina no mercado brasileiro e disse que o momento de "plenitude" do etanol deve ser 2014.

(SOFIA FERNANDES)

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