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4G será 'um pouco' mais caro, diz ministro

Paulo Bernardo compara com preços atuais do serviço de telefonia 3G, mas não detalha qual pode ser essa diferença

Leilão de nova frequência vai render no mínimo R$ 3,8 bi para o governo, que espera disputa 'a tapa'

SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

As empresas que vencerem o leilão da faixa de frequência para tecnologia 4G (quarta geração) terão de pagar ao Tesouro Nacional, no total, um mínimo de R$ 3,8 bilhões.

Esse é o preço mínimo que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou para o leilão dos seis lotes da faixa de 2,5 GHz, que será destinada exclusivamente a serviços de tecnologia 4G.

A quarta geração da banda larga móvel, que sucede a chamada tecnologia 3G, promete velocidades até dez vezes maiores nas conexões.

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse que os serviços de banda larga 4G serão "um pouco" mais caros. "Se for um preço exorbitante, o pessoal não vai querer o 4G, mas quem tem poder aquisitivo vai querer migrar."

A tecnologia funciona em dispositivos móveis, como smartphones, modems móveis e alguns tablets. O iPad, da Apple, por enquanto não trabalha na frequência a ser usada para o 4G no Brasil.

Os vencedores do leilão terão direito de uso da faixa por 15 anos, prorrogáveis por mais 15, com metas definidas de expansão no país.

Os interessados poderão enviar propostas em 5 de junho. Os envelopes serão abertos uma semana depois. A empresa que der o maior lance vai arrematar o lote de frequência de seu interesse.

O governo espera que o leilão atraia novas empresas para o mercado brasileiro.

"Vai ser uma disputa a tapa", disse Bernardo. O ministro confirmou que o governo quer desonerar neste ano os smartphones, a exemplo do que fez com tablets, visando universalizar a banda larga.

O presidente da Anatel, João Rezende, citou o intuito do leilão de modernizar a infraestrutura de redes.

RURAL

Paralelamente à concorrência do serviço 4G, a Anatel também vai leiloar a faixa de frequência de 450 MHz. A empresa que arrematar essa faixa terá de usá-la exclusivamente para universalizar a banda larga na zona rural.

O preço-teto do serviço de voz e banda larga móvel definido pela Anatel é de R$ 63, sem impostos. Vencerá o leilão dessa faixa quem ofertar um preço mínimo para os serviços. A cesta de serviços para a zona rural prevê cem minutos de voz e banda larga a velocidade de 256 kbps.

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