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Ganho de executivos top dos EUA recua 45,5% em 11 anos

Mesmo após queda, remuneração média é de US$ 11,08 mi (R$ 21 mi) anuais, segundo o Economic Policy Institute

Entre 1979 e 2007, a renda dos executivos cresceu 156%, ante 17% para os que estão na base da pirâmide

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

A remuneração dos presidentes das maiores empresas americanas caiu 44,5% nos anos 2000, de acordo com o Economic Policy Institute. Mesmo após a queda, a renda média anual desses executivos é de US$ 11,08 milhões (R$ 21 milhões).

O instituto mostra que a renda anual dos executivos nas 350 maiores empresas americanas despencou desde 2000, ano em que a remuneração atingira US$ 19,98 milhões (R$ 38,42 milhões).

No ano passado, porém, houve ganho de 0,72% ante o anterior. Em igual período, a renda do que o instituto considera trabalhador típico do setor privado caiu 1,07%.

O valor é uma cifra média -há casos no setor financeiro em que a remuneração ultrapassa US$ 20 milhões ao ano. É o caso de Jamie Dimon, do JPMorgan, que ganha

US$ 23 milhões ao ano. No mês passado, acionistas do Citigroup vetaram um pacote de benefícios de US$ 15 milhões a Vikram S. Pandit.

Lawrence Mishel e Natalie Sabadish, do centro de estudos, dizem que a remuneração dos executivos avança mais que a dos trabalhadores -com exceção dos anos 2000, quando a renda do segundo grupo subiu 6,6%.

Eles afirmam que os ganhos médios do 1% do assalariado que ganha mais cresceu 156% de 1979 a 2007. Para os 90% da base da pirâmide o aumento foi de 17%.

Mishel e Sabadish destacam que o pagamento dos executivos não acompanha a variação da Bolsa. De 1965 a 1978, a remuneração dos presidentes teve alta de 78,7%; o S&P 500 (que reúne as 500 maiores empresas abertas) recuou 44,7%.

De 2000 para 2011 a perda dos executivos foi maior que a perda na Bolsa: 44,5% e 26,7%, respectivamente.

Os dados estão no estudo "O estado dos trabalhadores na América", cuja íntegra ainda não foi divulgada.

Para fazer o levantamento, o Economic Policy Institute considerou a remuneração anual dos presidentes nas 350 maiores companhias americanas em vendas.

O instituto analisou salários, bônus, ações "realizadas" (convertidas em dinheiro) e prêmios e ajustou os números para torná-los comparáveis.

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