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Argentinos perdem recurso contra comercial 'preconceituoso' da AmBev

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais não acatou o recurso de três argentinos residentes em Belo Horizonte que pediam indenização por danos morais à AmBev e à agência de publicidade F/Nazca pela divulgação de propagandas "preconceituosas".

Germàn Aníbal Filippini, Enrique Javier Romay e Jorge Adrian Vladimirsky recorreram à Justiça em 2010.

Pediram reparação ao que consideraram constrangimento sofrido com as campanhas publicitárias "Argentinos do Samba", "Latinhas Falantes ± Hermanos dos 30" e "Torcida Skol ± O Hermano".

No mês seguinte após eles terem ido à Justiça, o Ministério Público Federal em Minas recomendou à AmBev que retirasse do ar comercial da Skol em que os argentinos eram chamados de "maricón" (gay, afeminado).

A recomendação foi feita depois que um cidadão argentino queixou-se da propaganda à Procuradoria Regional de Direitos do Cidadão. A Procuradoria enviou representação também ao Conar, conselho que fiscaliza a publicidade.

Segundo a advogada Lillian Jorge Salgado, que representa os argentinos, o Conar suspendeu o comercial e esse argumento será usado no recurso que ela apresentará ao Superior Tribunal de Justiça nos próximos dias.

A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça manteve a decisão de primeira instância, desfavorável à reclamação dos argentinos.

Eles sustentavam que os comerciais estariam "instigando o torcedor brasileiro a xingar a torcida alheia, o que acirra os ânimos, trazendo um sentimento de ódio e desgosto aos argentinos".

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