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Unilever projeta crescer o dobro do PIB

Múlti anglo-holandesa investe em lançamentos em novas categorias com a meta de faturar até 8% mais em 2012

Companhia que atua em 13 setores, de sabão em pó a sorvete, faturou R$ 12,1 bilhões no Brasil no ano passado

MARIANNA ARAGÃO
DE SÃO PAULO

Após um ano de crescimento moderado, a Unilever do Brasil, segunda maior operação da fabricante anglo-holandesa de bens de consumo, quer acelerar sua expansão no país em 2012.

A expectativa do argentino Fernando Fernandez, 45, presidente da subsidiária brasileira desde setembro, é crescer de 6 a 8% neste ano, o dobro do que é esperado para a variação do PIB em 2012. A companhia, que atua em 13 categorias no país, de sabão em pó a sorvete, faturou R$ 12,1 bilhões no Brasil em 2011.

"Percebemos um resfriamento no fim do ano", afirma Fernandez. "Mas crescemos de janeiro a março o dobro de igual período de 2011."

Em entrevista à Folha, Fernandez afirmou que a continuidade do crescimento da renda da população deve ajudar a sustentar esse ritmo.

Há 83 anos no Brasil, a gigante de bens de consumo tem enfrentado o ataque cada vez mais frequente de companhias rivais.

A Procter&Gamble, dos EUA, maior fabricante de bens de consumo do mundo, que está há pouco mais de 20 anos no mercado brasileiro, reforçou os investimentos em publicidade e se lançou em novas categorias nos últimos anos, como a de xampus e de sabão para roupas -áreas em que a Unilever atua com marcas como Omo e Seda.

Em novembro, a Unilever anunciou investimentos de R$ 500 milhões para colocar no mercado cerca de 80 novos produtos no segmento de cabelos, em que, apesar de liderar o mercado, vinha perdendo participação para marcas como a Pantene, da P&G.

Segundo Fernandez, de agosto a março deste ano, a companhia ampliou, na categoria de produtos para cabelos, a diferença de participação de mercado em relação à segunda colocada. "Parece que todo mundo descobriu o Brasil nos últimos anos", diz.

O objetivo é fazer com que a operação brasileira duplique de tamanho até 2020, conforme a meta global da companhia. "Mas, pelo potencial que o país oferece, podemos fazer isso muito antes", afirma Fernandez.

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