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Banco privado eleva tarifa após cortar juro

Medida é vista como forma de compensar a redução das taxas de empréstimos liderada pelas instituições públicas

Tarifas como a do cheque de viagem dobraram; entidade que representa bancos não se pronuncia

MARCELO ALMEIDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os bancos privados subiram algumas das tarifas de serviços mais usados pelos consumidores após anunciar as reduções nas taxas de juros para empréstimos.

Levantamento feito com dados do Banco Central comparando dados de 2 de abril e de 14 deste mês, após os cortes nos juros, mostra que as tarifas cobradas para saques de conta-corrente e poupança (feitos no guichê além do mínimo permitido gratuitamente) subiram 11,88%.

Os extratos mensais feitos no caixa ou por outras formas de atendimento pessoal tiveram alta de 14,21%, na média.

A tarifa que mais aumentou foi a cobrada para venda de cheque de viagem ou emissão de cartão pré-pago em moeda estrangeira. O valor dobrou: passou de R$ 21,2 para R$ 42,67.

Somando todas as tarifas, a alta média foi de 1,56%.

Segundo a Pro Teste, os bancos condicionam a oferta dos juros menores no crédito à adesão a um pacote com tarifas mais elevadas.

"A diferença de tarifa mensal no empréstimo pode dar um valor expressivo, em alguns casos até tornar o empréstimo mais caro do que nas condições anteriores", aponta Verônica Dutt-Ross, economista da associação.

A Pro Teste diz que o reajuste em serviços muito utilizados pelos clientes é suficiente para gerar aumento de receita considerável.

OUTRO LADO

A Febraban não se pronunciou ontem. Estudo da entidade mostra que, no ano passado, quase todas as tarifas sofreram reajuste médio abaixo da inflação, de 6,5%.

O Santander diz que não alterou as tarifas de seus produtos e que informa previamente ao cliente qualquer mudança. HSBC, Itaú e Bradesco não comentaram.

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